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Análise – Kingdom Come Deliverance 2: Brushes with Death

Lucas Moura por Lucas Moura
21 de maio de 2025
em Análises, Slider
0

Qual é, para você, os momentos mais memoráveis de “Kingdom Come Deliverance 2”? Para mim são os intervalos entre as quests principais. Adorei tomar o meu tempo e explorar a Boêmia do Sec XV, melhorar as minhas habilidades, conhecer os habitantes, desvendar mistérios ou resolver problemas do cotidiano. Não é à toa que, quando comecei a jogar “Brushes with Death” (Steam / PlayStation 5 / Xbox Series S e X), eu me senti “em casa”.

A primeira “grande” expansão para o RPG da Warhorse Studios prefere contar uma trama mais intimista a tentar seguir os passos do épico que é a campanha principal. Aliás, essa seria uma tarefa quase que impossível para a desenvolvedora – e não só ela como muitas que criam RPGs ambiciosos e comumente gigantes.

Eu levei cerca de 80h para completar “Kingdom Come: Deliverance 2”. E, se tem algo que eu não posso criticar, é a campanha principal. Embora ela tenha seus momentos mais “calmos”, ela é muito bem amarrada em termos narrativos. Ao ponto de que, se a Warhorse imaginasse adicionar algo nela, pode ser que ela acabasse a estragando.

Ao invés disso, a história de “Brushes with Death” segue uma via mais “side quest importante”. Uma daquelas que, se você não se afobou para completar apenas o “essencial” do RPG, conhece muito bem. Aliás, se você se completou apenas o essencial, o que está fazendo aqui? Vai jogar o resto do RPG! Não, calma, calma, antes termine de ler a minha crítica, por favor.

Ela começa na região de Trotksy; o protagonista Henry encontra alguém – mais uma vez – amarrado em uma árvore e prestes a ser devorado por lobos. Dessa vez é o pintor Voyta, que pouco tempo depois de ser resgatado, começa a falar com um crânio.

Brushes with Death
Imagina você resgatar alguém, e esta pessoa começar a falar com um crânio. Diga olá para Voyta.

“Peculiar ele, não?”, pensei assim que vi os trejeitos, a forma como que Voyta se porta, o fato de ele falar com um crânio. Como todo personagem em “Kingdom Come: Deliverance 2”, ele encontra em Henry uma “solução” para o seu problema.

Qual é este? Simples. Ele precisa terminar uma pintura, a obra prima dele, mas ele precisa investigar algumas áreas do mapa, traga objetos ou fale com pessoas específicas. Muitos objetivos estão quase que do “outro lado” do mapa, mas eu vejo isso como um ponto positivo. Para mim, qualquer razão para andar a cavalo e ver o cenário fantástico do RPG é válida.

A Warhorse não foge muito da linha que ela havia seguido nas side quests que vieram com a versão base de “Kingdom Come: Deliverance 2”, e isso é igualmente bom e ruim (mais sobre isso em breve).

Em outro jogo, eu veria essas tarefas como meras “fetch quests”, mas a desenvolvedora sabe muito bem injetar carisma e maleabilidade para praticamente todas as interações que ocorrem ao longo de “Brushes of Death”. Há múltiplas formas de completar uma das tantas etapas da quest; seja matando um indivíduo, desafiando-o para uma partida de dados — uma das minhas atividades favoritas em “Kingdom Come: Deliverance 2” — ou indo no bom e velho diálogo.

O que eleva “Brushes with Death” é a própria presença de Voyta. Com o passar do tempo, a natureza do personagem muda de brincalhona e tímida para enigmaticamente conflituosa, como se ele estivesse lutando contra alguma coisa e tem certos anseios ou preocupações de te colocar no meio deste mini conflito.

Brushes with Death
E, dizer que ele tem inspirações….. peculiares… é ser bem modesto.

A Warhorse brilha em demonstrar os nuances do personagem, das pessoas com quem você conversa sobre ele — e elas tendem a pintar, trocadilhos à parte — uma visão muito mais atormentante do pintor. Mais uma vez a equipe de animação pontua muito bem a sensação de intriga, e até certo ponto, confusão por parte de Henry.

Há um grau de seriedade em “Brushes with Death” que nem sempre as quests secundárias do jogo base conseguiram atingir. Elas não aparecem só à medida que você descasca camadas da história de Voyta — que nem sempre são diretas —, mas na própria expressão de Henry, que não esconde os seus sentimentos por trás de uma expressão facial neutra. Se bem que, ele nunca foi bom nisso, convenhamos.

Mas também, é com esta seriedade que “Brushes with Death” consegue alcançar os mesmos níveis altíssimos de qualidade de até certas partes da campanha principal. A dublagem e Voyta e de outros personagens secundários que são adicionados junto com a expansão é brilhante. Voyta por si só merece um gigantesco destaque, ele não é um narrador confiável, tenta esconder os seus anseios ou o que o atormenta. Toda conversa que tive com ele ao longo da sua quest me deixava com a pulga atrás da orelha. Eu não tenho como parabenizar o suficiente como a própria Warhorse cresceu neste meio tempo entre a produção do jogo base, o feedback recebido da comunidade, e o desenvolvimento da expansão.

Sem querer estragar a surpresa da trama, eu vou dizer que não me arrependi nem um pouco de ter voltado a Boêmia do Séc XV e até mesmo ter passado por alguns locais que já havia completado a maioria – se não todas – as atividades para desvendar o mistério que paira sobre “Brushes with Death. Por outro lado, teria muito bem preferido ter feito isso durante a minha primeira aventura.

Isso não é uma crítica direta a expansão, tampouco ao trabalho da Warhorse Studios. Como disse acima, o fato dela seguir o mesmo estilo no geral aplicado a outras side-quests do jogo base é ótimo, já que adoro esses momentos de mais “calmaria” de “Kingdom Come: Deliverance 2”. Mas, por outro lado, eu sinto que teria aproveitado muito mais de “Brushes with Death” se essa fosse a primeira vez que eu jogasse o RPG.

Claro que nenhuma quest de “Kingdom Come: Deliverance 2” é completa sem uma boa dose de combate, e “Brushes with Death” não é uma exceção.

Por já ter completado ele, alguns dos requisitos para completar certas etapas da expansão – seja algumas habilidades que teriam me tomado muito mais tempo, ou até regiões que eu poderia não ter explorado – acabaram sendo fáceis demais para mim. Isso não reduz o impacto de algumas revelações, mas quanto mais eu avançava na expansão, mais vinha a sensação de “Ai, bem que eu queria que ‘Brushes with Death’ tivesse saído mais cedo, teria sido fantástico avançar essa cena com um Henry mais fraco, ou sabendo um pouco menos do que se desenrola no resto do RPG”.

Esta questão não se limita a “Kingdom Come: Deliverance 2”. Pelo contrário, é uma que eu vejo muitas desenvolvedoras lutarem para encontrar uma solução prática. Algumas como a CD Projekt adicionam novas áreas como ocorreu com “Phantom Liberty” e ambas as expansões de “The Witcher 3”. Outras, como a Owlcat, preferem inserir elementos da narrativa ou em setores já vistos ou revigorar o jogo com novas classes – o que feito em “Pathfinder: Wrath of the Righteous” e “Warhammer 40K: Rogue Trader”. Pela natureza dos sistemas de progressão usados pela Warhorse Studios, ela não pode depender muito de classes e até então não comentou sobre a possibilidade de novas regiões.

Isso não quer dizer que “Brushes with Death” seja descartável; acredito que os diversos elogios que fiz ao longo do texto demonstram muito bem isso. Apenas que o impacto vai ser um tanto menor se você já tem experiência ou já completou “Kingdom Come: Deliverance 2”.

Por outro lado, a expansão foi uma excelente “desculpa” para eu explorar as novas atividades incluídas na atualização que acompanhou a expansão. As novas corridas com cavalo são excepcionais e os desafios de arco e flecha só mostram que eu ainda sou terrível com a arma. Até considerei recomeçar o RPG no modo “hardcore”, mas infelizmente não tenho tempo para isso.

Se você está no mesmo barco que eu, e achou que já viu tudo que “Kingdom Come: Deliverance 2” tem a oferecer, “Brushes with Death” é uma boa adição e um bom motivo para revisitar o que eu considero um dos melhores RPGs do ano. Agora, se essa é a sua primeira empreitada no projeto da Warhorse Studios, ele é essencial. Ele vai enriquecer ainda mais a sua jornada pela Boêmia do Séc XV, e te garanto que você vai se arrepender.

Kingdom Come Deliverance 2: Brushes with Death

Total - 8.5

8.5

“Brushes with Death” é uma boa adição para quem já completou “Kingdom Come: Deliverance 2”, e quer um bom motivo para visitar a Boêmia do Séc XV e desvendar um mistério ao lado de Henry. Para quem não jogou o RPG, ele é essencial, e vai enriquecer ainda mais um dos melhores títulos de 2025.

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Tags: análiseBrushes with DeathcríticaDeliverance 2DLCKingdom ComeReviewrpg
Lucas Moura

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Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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