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Análise – Firefighting Simulator: Ignite

Lucas Moura por Lucas Moura
22 de setembro de 2025
em Análises, Slider
0

Eu gosto de jogos onde você transporta cargas como “Euro Truck Simulator 2”, onde você se enfia na lama e neve como “SnowRunner”, ou até aqueles mais “exóticos” como reparo de rodovias como o “Road Maintenance Simulator”. Você não vai ficar surpreso se eu te falar que eu passei os últimos dias apagando incêndios em “Firefighting Simulator: Ignite” (Steam / PlayStation 5 / Xbox Series S e X), vai? Claro que não!

A sequência de “Firefighting Simulator – The Squad” – agora encabeçado pela mesma equipe de “Construction Simulator”, a Weltenbauer – não perde muito tempo na narrativa. Você faz parte do corpo de bombeiros de uma cidade e precisa atender aos mais diferentes tipos de chamados — desde pequenos incêndios residenciais, até lojas de departamento e locais ainda maiores com os mais diferentes tipos de perigos. Eu falo de possíveis vazamentos de gás, incêndios elétricos, derramamento de óleo ou outros materiais altamente inflamáveis.

Após um curtíssimo tutorial, o jogo já te coloca para aprender tudo a ferro e fogo – sem trocadilhos. O primeiro chamado é de uma loja de departamentos que pegou fogo e há a possibilidade de vítimas dentro do local. “Firefighting Simulator: Ignite” propositalmente não te dá muitas informações de cara, cabendo a você avaliar a situação e definir qual o melhor caminho para apagar o incêndio.

E, se você acha que é só apontar uma mangueira que o fogo vai “magicamente” desaparecer, pense de novo. A Weltenbauer eleva o realismo da série para um novo patamar com muitas nuances e mecânicas que se assemelham a procedimentos que também são realizados por corpos de bombeiros pelo mundo todo.

Firefighting Simulator
Algumas ações, como abrir um hidrante, tem uma pegada mais “quick time event”

Simplesmente entrar em um local e começar a abrir as janelas para reduzir as chances do fogo se propagar por um local pode ser um convite para o desastre. Uma janela aberta significa mais oxigênio no local, e dependendo da origem do fogo, mais chances dele se alastrar. Eu descobri isso da pior forma possível ao abrir uma porta e ver meu personagem ser “jogado” para longe por conta de uma entrada repentina de ar.

A atenção aos detalhes é impressionante. Demore tempo demais para apagar as chamas de um local e elas podem começar a danificar paredes – e a forma como a parede foi construída pode facilitar ou dificultar a propagação de calor. Casas com dois andares podem ter o chão afetado pelo incêndio e “desaparecerem” debaixo de você, deixando-o incapacitado. No caso de incêndios causados por aparelhos eletroeletrônicos ou similares, cortar a energia do local é um passo essencial.

Se você leu o parágrafo acima e se sentiu até atordoado com tantos elementos que você precisa ter em mente, não se preocupe. Você não vai estar sozinho. Ignite pode ser jogado via coop para até quatro jogadores ou em modo solo, com a IA tomando o controle dos jogadores restantes.

O meu tempo de jogo em “Firefighting Simulator: Ignite” foi, em grande parte, sozinho. Ainda não consegui pessoas “insanas” o suficiente para me acompanhar na empreitada de apagar incêndios. Creio que muitas das pessoas que conheço já estão apagando incêndios na vida pessoal, e não tem muito interesse em apagar incêndios virtuais.

Novos veículos são liberados à medida que você progride na campanha principal.

A IA faz um trabalho relativamente competente na hora de apagar incêndios. Ela é capaz de cortar a energia e até carregar vítimas, mas incêndios complexos demonstram as suas limitações. Muitas vezes pedi para eles se focarem em um foco que estava — quase que literalmente — ao lado de um tanque enorme de combustível, e eles foram para o local contrário. Outra vez tive que socorrer um deles por decidir andar pelas chamas diversas vezes. Como ele olhou para uma sala em chamas e falou “aqui é um ótimo local para passear”, eu não tenho ideia.

Foi um pouco chato ser uma babá em incêndios mais complexos, mas assim que o restante da minha equipe estava na posição correta ou ao menos parando de “teimar” em não apagar as chamas, o resto da missão tendia a correr de forma “tranquila”. Isto é, se apagar incêndios imensos e que podem sair do controle é o equivalente de “tranquilo”.

É muito legal ver como “Firefighting Simulator: Ignite” reforça o conceito de trabalho em equipe. Até mesmo com as minhas críticas acima sobre a IA, ver que uma porta precisava ser aberta e um outro bombeiro chegar preparado com um machado enquanto outro corre para carregar uma vítima para fora do ambiente cria situações memoráveis. Situações, essas, que foram elevadas ainda mais nas pouquíssimas partidas online que consegui realizar.

Um dos piores incêndios que enfrentei no game não foi nem de origem industrial, mas uma gigantesca casa de dois andares com um incêndio de origem elétrica. Nenhum de nós conseguiu encontrar uma forma de cortar a energia, e tentamos controlar o fogo no melhor que podíamos.

Está tudo sob controle, confia.

Eu e outro jogador tentamos apagar o fogo de um dos quartos principais, mas era tarde demais, o chão cedeu e nós dois tivemos que ser resgatados às pressas em meio ao fogo. Fomos levados para fora e em minutos estávamos de volta à ativa. A casa era tão grande que a missão demorou mais de 40 minutos para apagar todos os focos e resgatar as vítimas. De longe uma das experiências – no que diz respeito ao realismo e imersão em jogos de “simulação” – mais impactantes que eu tive. Sei que fogo não é algo com que se brinca, mas não imaginei o poder devastador que ele tem.

E, quando não é em termos de realismo, a equipe da Weltenbauer mais uma vez faz um excelente trabalho em incluir equipamentos autênticos. Isso significa caminhões reais como o TP3 Pumper, Viper 68’ Roadrunner, Rosenbauer T-Rex e outros, bem como botas HAIX Fire-Dex, serras Stihl e uma enorme variedade de equipamentos reais, como capacetes clássicos e modernos.

Vale apontar que o jogo também tem menos a sensação de um showroom virtual como “Construction Simulator”, onde os veículos tinham pouca diferenciação. Escolher o veículo “errado” significa menos chances de controlar o incêndio ou até mesmo a ausência de escadas que facilitam acessar o segundo andar de um edifício.

Infelizmente o foco da desenvolvedora está demasiadamente em equipamentos usados pelos Estados Unidos e Europa – deixando nós brasileiros um pouco “a ver navios”. Compreendo certas limitações e o público-alvo, já que a empresa também oferece serviços e simuladores de treinamento, mas seria legal ver equipamentos e veículos usados por outros países.

Entretanto, se há um ponto que “Firefighting Simulator: Ignite” decepciona, e muito, é no seu desempenho. Mais uma vez a transição da Unreal Engine 4 — usada em “The Squad” — para a Unreal Engine 5 não foi tão positiva. Os efeitos de fogo e fumaça são espetaculares, e a iluminação agora cria uma atmosfera ainda mais tensa, se você consegue engolir a realidade de que vai jogá-lo a 20 quadros por segundo. Isto em um PC munido de um Ryzen 9 e uma 5090; não consigo imaginar o quão pior pode ser em um computador mais fraco. Se você tem um PC mais fraco, ative o DLSS ou o FS3/4 para não sofrer tanto com a taxa de quadros.

Deu tudo certo! Não posso dizer o mesmo sobre os pertences dos moradores da casa.

Por outro lado, a Weltenbauer costuma resolver os bugs e ouvir os comentários da comunidade. Ela poliu “Construction Simulator” de forma primorosa e já lançou duas atualizações que corrigem os problemas prioritários do game ligados à atuação da IA em certos cenários. Eu estou com os dedos cruzados para que eles consigam melhorar o desempenho, para que mais pessoas possam apreciar “Firefighting Simulator: Ignite”.

Pois, em anos cobrindo jogos de “simulação”, ele é um dos poucos que me deixou de fato empolgado para jogar mais após completar a sua campanha composta por mais de 40 missões. Estou curioso para ver o que a desenvolvedora planeja para as suas expansões e quais novas mecânicas ela pensa em implementar. Se “Construction Simulator” for algum indicador, “Ignite” vai expandir horrores e se transformar em um jogo completamente novo daqui a alguns anos.

Em uma era onde todo jogo se autointitula simulador sem necessariamente aderir a realismo ou autenticidade, “Firefighting Simulator: Ignite” é uma raridade. É o resultado de uma equipe que começou com muitos solavancos em “Construction Simulator”, recebeu a missão de continuar uma franquia que tinha potencial, mas não tinha alcançado ainda, e fez em grande parte com excelência.

Seja sozinho ou em grupo, “Firefighting Simulator: Ignite” é essencial para fãs de simulação ou bombeiros digitais. Falo com tranquilidade que ele é uma das minhas surpresas do ano no gênero, e não vejo um jogo superá-lo ainda em 2025, mesmo com os seus deslizes acerca do desempenho e da IA.

Firefighting Simulator: Ignite

Total - 8.5

8.5

Apesar dos problemas de desempenho, e uma IA que nem sempre colabora, “Firefighting Simulator: Ignite” é uma fantástica evolução da franquia e, de longe, um dos melhores jogos de combate a incêndios no que diz respeito a simulação e autenticidade. Coloque o seu capacete, prepare a mangueira e encare de frente algumas das situações mais tensas que eu já vivi no mundo dos jogos em 2025.

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Tags: análisecríticafirefighting simulatorignitesimulaçãosimulador
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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