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Análise – AO Tennis 2

Lucas Moura por Lucas Moura
24 de janeiro de 2020
em Análises, Slider
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Meu interesse por jogos esportivos está diretamente relacionado ao quão chato acho assisti-los. Futebol fica em primeiro lugar seguido bem perto de tênis. Se você achou o que eu escrevi uma atrocidade, eu te respondo com: Atrocidade é saber que AO Tennis 2 (PC / PlayStation 4 / Xbox One / Nintendo Switch) vai ser o melhor que vamos ter por um bom tempo.

A Big Ant Studios não é desconhecida no cenário de jogos esportivos, sua franquia de Cricket tem uma pequena mas fiel comunidade e essa é a segunda empreitada da desenvolvedora em criar um jogo com uma pegada mais “realista”. Porém, AO Tennis 2 ainda vive na sombra de um dos mais “icônicos” jogos – Top Spin 4.

Os menus, a interface de criação de jogador, o próprio modo carreira e até os controles – com os botões frontais sendo usados para voleios, slices e afins, e um sistema de “mira” para determinar onde a bola vai rebater – trazem o ar de Top Spin 4 se ele fosse criado em 2020. O que é tanto bom quanto ruim, a 2K Czech estabeleceu o patamar do que é um jogo de tênis “realista”, um feito que a Big Ant ainda não é capaz de replicar.

Grande parte disso está relacionada a movimentação do jogador em campo. Enquanto Top Spin 4 apontava uma grande liberdade e estilo de jogo dentro do campo, AO Tennis 2 não consegue criar o mesmo efeito. Para começo, as assistências – que ajudam a posicionar o jogador para o recebimento da bola – são tão fortes a ponto de acreditar que controlava um robô muito ruim ao invés de um(a) tenista.

AO Tennis
Nadal já viu dias melhores

O jogo ficou um pouco mais prazeroso assim que eu desativei todas as assistências, mas não foi o suficiente. As animações por si só são robóticas, sem fluidez e como se fossem interligadas com as piores transições que vi em recente memória. Para um esporte tão “rítmico” quanto o tênis, não ter um retorno visual competente para saber se você está na distância correta para fazer um lob ou um top spin é a garantia de perder uma partida por erros estúpidos.

Digo que um terço das partidas que eu perdi foi por minha incompetência, o outro terço foi por conta de não entender o que diabos o meu tenista estava fazendo e, por fim, a IA errática.

A Big Ant se esforçou, em muito em melhorar a IA de forma que as diferentes dificuldades reflitam tenistas com técnicas diferentes. Jogar na dificuldade mais baixa significa cravar mais Ace, fazer pontos contra oponentes que não conseguem acompanhar o seu ritmo ou apenas saber o melhor movimento para rebater. O nuance vai embora que você sobe da dificuldade “semi-pro” para a “pro”, o que o jogo considera médio e médio-avançado sendo “Grand Slam” a mais difícil. A IA na dificuldade “pro” aparenta saber com precisão onde a sua bola vai cair e não faz tenta esconder que ela acabou de dar uma leve “teleportada” para rebater uma bola impossível.

As partidas – sejam elas em duplas ou não – sem falhas que me fazem perder a paciência são tão frequentes quanto eu ganhar na mega sena. Diminuía a dificuldade e não me sentia desafiado, aumentava e voltava para o mesmo drama. Se for para jogar tênis de um jeito tão cansativo, é melhor sair de casa com a minha raquete e ir bater uma bolinha. Não, não ouse dizer para eu assistir um torneio na TV pois como falei acima, assistir um jogo de tênis me dá sono.

AO Tennis
IA é competente nas dificuldades baixas, mas super-humana nas dificuldades altas.

O pior é que todos os aspectos que não dizem respeito ao ato de jogar em si são, no mínimo, competentes. A Big Ant pode não carregar os principais torneios além do Australia Open e muitos atletas de renome como Serena Williams estão ausentes, mas isso é compreensível dado o escopo e limitações financeiras.

Por outro lado, chega a ser irrisório a necessidade deles ou de uma marca famosa já que AO Tennis 2 consegue se manter em pé com um modo carreira que gera jogadores com arquétipos diferentes, uma boa progressão, ausência de microtransações e minigames de treino que divertidos. Até um sistema de geração de torneios – que acontece em instantes e contém modificadores suficientes, como quadra e grau de dificuldade de progressão, ele tem.

Isso sem contar a quantidade absurda de personalização que você pode fazer. Não gostou da quadra que você está jogando? Vai na academia e crie uma para você, ou crie tenistas e faça o seu próprio torneio. Crie logos, cenários com desafios específicos. Não me lembro de um jogo de tênis que me permite fazer isso tudo e mais um pouco. Esse era para ser o diferencial de AO Tennis 2.

Se ele tivesse sido lançado só com o modo carreira, partida rápida, e essa gama de personalização junto com um controle de jogador e uma IA melhor, ele seria um pacote ainda mais atraente para mim. Eu sou simples, eu só quero um jogo onde eu possa apreciar o nuance que existe dentro de uma partida de tênis e ainda me sentir desafiado. Não me importo se o jogo não tem patrocínio da Adidas ou se Roland Garros teve o seu nome trocado para “quadra do zézinho”. Se ele funciona, já basta.

AO Tennis
Diferentes quadras demonstram a clara diferença de velocidade da bola. Quem dera se o resto da jogabilidade de AO Tennis 2 acompanhasse isso.

Mas AO Tennis 2 é o caso do carro bonito que não funciona. A frente e a traseira são refinadas, tem espaço de sobra para os passageiros e bagagem, mas o motor está com problema e seu único destino é permanecer na garagem. Ele é o melhor jogo de tênis dessa geração pois as tentativas anteriores (AO Tennis e Tennis World Tour) são sofríveis.

Tênis está na mesma sinuca de bico que os jogos de Golf se encontraram anos atrás. Uma tentativa ali e acolá, mas nada que gere uma tração real. Ainda bem que a HB Studios, depois de dois deslizes, acertou uma mina de ouro com The Golf Club 2019 – que considero o melhor jogo de Golf dos últimos 15 anos.

The Golf Club tinha todos os defeitos que AO Tennis carrega consigo no momento, controle impreciso, animações fracas e uma IA errática envolvida em um pacote sedutor. Pode ser que a mina de ouro da Big Ant está a meros centímetros, e eu acredito que esteja. AO Tennis 2 chegou muito mais perto de superar Top Spin 4 do que eu sequer imaginei, mas a diferença entre “chegar perto” e “superar” é gritante. E, por ora, eu vou é voltar para o meu Top Spin 4.

AO Tennis 2

Total - 6

6

Fraco

AO Tennis 2 consegue se equivaler a Top Spin 4 em muitas áreas, mas menos na mais importante: jogar. Controles imprecisos e uma IA errática criam partidas que variam entre entediantes e irritantes. É o melhor jogo de tênis dessa “geração”, mas por falta de opção do que mérito.

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Tags: análiseesportejogo de esporteTenis
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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