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Análise – Under Cover

Lucas Moura por Lucas Moura
4 de março de 2024
em Uncategorized
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Quando os dispositivos de realidade virtual começaram a ficar mais “populares” (apesar do preço proibitivo no Brasil), cruzei os dedos para que o futuro deles incluísse jogos no estilo Lightgun (Time Crisis / House of the Dead). Quatro anos depois do lançamento do Meta Quest 2, “Under Cover” (Meta Quest Store) é outra grande tentativa para o gênero, e talvez a que beba mais próximo da fonte “Era PlayStation” – mas isso não quer dizer que ele entenda o que fazer com esse material em um espaço de realidade virtual.

A desenvolvedora Sigtrap não é nenhuma “desconhecida” ao universo VR, tendo ajudado na conversão de “Superhot VR” e na própria versão VR de “Sublevel Zero” – seu shooter no estilo Descent. Há de se pensar que um jogo inspirado por “Time Crisis” e “Pistol Whip”, ao menos de acordo com a equipe, seria um arraso correto? Errado.

“Under Cover” entende muito bem o que almeja atingir: Tentar inovar em mecânicas que poderiam ser consideradas “envelhecidas” dentro do universo VR e ainda assim manter um grau alto de fidelidade em comparação com shooters arcade clássicos. Entretanto, os clássicos são clássicos por um motivo. E, infelizmente, não há sequer o suficiente para colocar “Under Cover” dentro dessa lista ou quiçá qualquer lista de shooters arcade para VR.

A premissa, tal como jogos do período, é simples: Você joga como uma de duas agentes que devem se infiltrar em uma organização vilã e recuperar planos secretos. Não demora cinco minutos de jogo para que seja descoberto e o hall de entrada da organização inimiga vire uma zona de guerra.

Under Cover

Em termos visuais, “Under Cover” de fato lembra um jogo da era PlayStation 1 com texturas pixelizadas mas com modelos tendo os tradicionais retoques modernos – algo que muitos shooters retrô tendem a fazer. O mesmo vale para as próprias mecânicas de disparo. Nem todos os inimigos irão te atingir, mas quando uma bala vier na sua direção, fica tão claro quanto em “Virtua Cop” da SEGA. É por aí que, infelizmente, as similaridades acabam.

Por mais que “Under Cover” tente se vender como tendo um modo “coop” e um modo “solo”, as suas fases foram claramente feitas para dois jogadores. Você sempre está junto de um personagem controlado pela IA e vocês se movimentam em “sincronia” tal como em um jogo lightgun. A diferença aqui é que, dado a liberdade de movimentação da câmera, algumas cenas acabam sendo mais caóticas do que deveriam ser.

Imagine a seguinte situação: Você acaba de invadir um escritório e inimigos estão vindo de três portas, duas no andar inferior e uma no andar superior. “Under Cover” separa esses inimigos em levas para você ou seu companheiro de partida eliminarem. Mas, quando eu jogava no modo “solo”, eu via inimigos que não podia eliminar pois eles estavam focados em atirar na “IA”. Em alguns momentos eu fiquei “preso” pois havia eliminado todos os inimigos do meu lado e a IA ainda estava matando o restante.

Tais problemas não surgiriam se “Under Cover” fosse um jogo lightgun no estilo tradicional. Ou, se a Sigtrap simplesmente tivesse removido a IA da equação e me deixasse lutar contra uma quantidade menor de inimigos. Na atual configuração, há muitos momentos de confusão desnecessária.

Under Cover

Eu senti essa mesma confusão com o sistema de transição de cenas que pede para que você olhe para um ponto da tela e te “teleporta” para lá escurecendo a tela. Eu entendo muito bem que a SigTrap adicionou isso para fins de conforto e diminuir as chances de enjoo, algo bastante comum em jogos VR. Mas, como alguém que já tem mais horas em VR do que sequer deveria ter, esse tipo de teleporte, ainda mais em um jogo que requer reflexos rápidos, me atrapalhava.

Lembro-me muito bem de chegar na sexta fase do mapa, e após uma batalha intensa contra dezenas de inimigos, ser teleportado três vezes até entrar em outro combate. Quando me dei conta já estava tomando tiro de tudo quanto era lado pois tinha perdido completamente a noção de onde eu me encontrava. Uma opção para “deslizar” ou até mesmo apontar o controle e decidir quando se mover já seria uma baita melhoria.

Esses problemas acabam apagando o brilho de algumas mecânicas que “Under Cover” traz consigo que são fantásticas. O sistema de recarregamento é o mais puro suco do “ame ou odeie”. Você vai ter que se agachar fisicamente para recarregar a sua pistola. Sim, prepare-se para uma sessão de agachamento se você quiser tirar o melhor rank em cada fase já que o jogo utiliza um sistema de combos em que, quanto mais inimigos eliminados em um curto espaço de tempo, maior a sua pontuação. Para aqueles que tem alguma questão de locomoção ou preferem jogar sentados, o jogo também oferece essa opção e altera o movimento de se agachar para um botão no controle.

Por incrível que pareça, eu amei o sistema, “Under Cover” entra muito bem na categoria de “Jogos em VR que na verdade são exercícios físicos disfarçados”. A implementação do sistema de recarregamento é impecável ao ponto de eu sempre ter a certeza de que ele vai funcionar e eu não vou ser atingido por uma bala.

Digo o mesmo da incrível distribuição de power-ups (em formas de novas armas como um rifle, uma espingarda automática e uma metralhadora). A usabilidade de todos são ótimas dentro do contexto do jogo e você nunca vai precisar usar as duas mãos para manuseá-las. Digo o mesmo para os itens de recuperação de vida – preciosíssimos mas que estão bem delineados pelo mapa.

Eu só queria ter mais razões para voltar para “Under Cover”. Assim que a campanha acaba, você já viu tudo o que o jogo tinha para oferecer. Nem um modo arcade onde você pode simplesmente pular os diálogos – que aliás são longos demais para o meu gosto para um jogo do estilo – é possível.

Não é que eu não tenha gostado do meu tempo com “Under Cover”, ele tem pontos bons e mecânicas refinadas, mas quando ele pisa na bola, ele pisa na bola feio. No fim, vai ser mais um jogo mediano que tem um potencial de ser muito mais dado o seu estilo e que vai acabar pegando poeira na minha biblioteca do Meta Quest 2.

Under Cover

Total - 6.5

6.5

Uma homenagem mediana à era “clássica” Lightgun mas que, dado a mecânicas confusas para um jogador e ausência de mais opções de locomoção, além de um modo arcade ou score attack mais robusto, deixa a desejar em várias áreas. No entanto, se você quer um jogo para fazer exercícios de agachamento, “Under Cover” é uma excelente opção.

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Tags: análisecríticarvunder coverVR
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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