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Análise – Sonic Racing: CrossWorlds

Lucas Moura por Lucas Moura
6 de outubro de 2025
em Análises, Slider
0
Sonic Racing

Eu acompanho a franquia Sonic de perto? Não muito. Jogo os títulos principais desde a era PlayStation 3 / Xbox 360 — que não são muitos — e admiro de longe. Deve ter sido esse o motivo pelo qual abri “Sonic Racing: CrossWorlds” (Steam / Xbox / PlayStation / Nintendo Switch). E me perguntei: “Quem… quem é Espio?”.  Se você, como eu, não tem a menor ideia de quem é Espio, tenho boas notícias: isso não vai afetar nem um pouco a sua experiência com o novo jogo de corrida do ouriço azul.

Sem perder muito tempo com firulas ou introduções magnânimas, “Sonic Racing: CrossWorlds” já te “pergunta” de cara “você quer pilotar máquinas velozes? Irritar os seus amigos com itens, desbloquear novos veículos e pistas? Ótimo, aqui está a lista de grand prix, um modo “party” e online”. Com anos jogando outros títulos de corrida com uma pegada mais arcade, e que cada vez mais passam por uma transformação para um híbrido de mundo aberto ou completamente mundo aberto, é um tremendo alívio ver um onde eu simplesmente posso escolher o que eu quero.

Esse é um dos conceitos que carregam boa parte da minha apreciação por “Sonic Racing: CrossWorlds”. Se você quer algo, não precisa se descabelar ou ter que investigar 40 menus até achar o que você quer. Isso não quer dizer que o jogo não tenha alguns elementos “secretos” – mais sobre isso em breve.

Com a minha “ânsia” de já pular em uma corrida, fui direto para o modo “Grand Prix” – praticamente o carro-chefe quando se trata do modo single-player. Seis Grand Prix compostos por três pistas cada mostram que “Sonic Racing: CrossWorlds” é averso a mudanças muito drásticas no formato de “jogos de kart” tão bem estabelecido por títulos como “Mario Kart” ou até o próprio “Team Sonic Racing” ao longo das últimas décadas. No entanto, se as mudanças fora da pista são “poucas”, dentro dela é que o jogo da Sonic Team estabelece muito bem a sua identidade.

Sonic Racing
Caí nessa “armadilha” umas dez vezes até me acostumar….

Piadas ou trocadilhos à parte, toda corrida – até no nível mais baixo – de “Sonic Racing: CrossWorlds” é rápida, assustadoramente rápida. Como alguém que passou os últimos meses jogando quase que exclusivamente “Mario Kart World” no que tange jogos arcade, a mudança de ritmo de “aqui está uma corrida ‘simples’ onde você tem que chegar até o final” para um jogo que praticamente grita “Vamos Lucas, três voltas, acelera, desliza, pega item, pega moeda, você está lento demais, vai, mais rápido!”, assusta.

A primeira corrida chegou a me deixar zonzo de tanta coisa acontecendo na tela. Quando eu não estava tentando aprender o layout da pista, estava sendo destruído por bombas, luvas de boxe voadoras, um maldito Chao que roubava os meus itens, e por aí vai.

Se isso não fosse o suficiente, CrossWorlds adiciona um “twist” que é o que dá nome ao game: a cada segunda volta, uma “fenda interdimensional” transporta todos os jogadores para uma pista “secundária”. O jogador que estiver em primeiro lugar tem a escolha entre duas fendas, e ele que define onde vai ser a próxima volta. A seleção varia de pista para pista, mas é um “solavanco” visual e de jogabilidade sair de uma pista “tradicional” para estar dirigindo um “barco” — já que todos os veículos se transformam em barcos e aviões — em meio a uma tempestade enquanto tentáculos jogam barris em você. Acho que dá para perceber que eu não cheguei em primeiro lugar, certo? Eu disse que “CrossWorlds” é simples, não fácil.

Os seus fiéis aliados para garantir o primeiro lugar vêm de duas frentes: Gadgets e veículos. Os Gadgets são habilidades passivas que vão de “comece a corrida com 30 argolas” e “diminua o tempo da carga de boost” até “aumente a chance de receber itens de ataque”. Já os veículos em si seguem o modelo “Poder”, “Velocidade”, “Aceleração”, “Boost” e “Manuseio”. Cada um pode ser personalizado com novas peças compradas com tíquetes – obtidos ao ganhar corridas ou completar objetivos aleatórios como “maior quantidade de argolas obtidas em uma corrida”.

Sonic Racing
Mesmo que você tenha experiência em outros jogos arcade, se acostumar com o ritmo de “Sonic Racing: CrossWorlds” demora um tempo.

Dizer que “Sonic Racing: CrossWorlds” tem uma variedade absurda de personalização é ser um tanto quanto conservador. Há anos que eu não vejo um jogo desse calibre com tanta opção – e a maioria delas viável para uma corrida. Praticamente cada parte do seu veículo pode ser ajustada – o que altera os atributos e o visual dele. Você pode combinar peças que aumentem o seu poder e o tornem menos propício a ser empurrado por outros veículos, mas ainda manter um bom controle dele na pista.

Foi nesse “remove” e “coloca” peça que eu encontrei o meu personagem favorito de “Sonic Racing: CrossWorlds”: Espio. Eu não sabia quem ele era, mas ele se sobressai em termos de manuseio, e o seu veículo inicial foi o que me ajudou a começar a vencer as corridas. Não piscava mais os olhos e estava em 10º lugar; agora dominava os outros corredores, pegava centenas de argolas e até escolhia algumas das pistas que apareciam nas “fendas interdimensionais”.

Por falar em pistas, o jogo dá um show à parte em termos de variedade e qualidade. Capturando praticamente todas as eras do Sonic, você vai de pistas que fazem menções a “Sonic Adventure 2”, temas remixados do primeiro Sonic, até pistas claramente moldadas pelas ilhas de “Sonic Frontiers”. Se eu disser que eu desgostei de duas ou três pistas, é muito. Todas acompanhadas de uma trilha sonora fantástica que alterna entre remixes de outros jogos da franquia como “I’m Here” e composições originais.

O que me chamou muitíssimo a atenção nelas é a quantidade de atalhos “secretos” que a Team Sonic colocou para o aspecto mais competitivo do jogo. Há dezenas de pequenos pulos, ou áreas que parecem “impossíveis” de serem utilizadas como atalho – como bancos de areia – mas que podem muito bem ser úteis caso você tenha a combinação correta de itens e gadgets. Agradeço até agora por ter um boost bem na hora que um oponente me jogou para a grama e eu praticamente cortei caminho com o boost. Quem acabou em primeiro lugar? Eu.

Minha paixão por Espio não tem tamanho…

Esses atalhos secretos, junto com a excelente variedade de gadgets e veículos, gera tantas estratégias, mas tantas. que é quase impossível descobrir quem vai ser o vencedor. Eu agarrava o controle e fixava os olhos na tela até ver a linha de chegada. Essa sensação, para mim, é especial demais.

A minha única crítica para boa parte das pistas não diz respeito ao layout delas, mas sim da jogabilidade na água. A transição entre veículos terrestres e aquáticos pode ser dolorosa, especialmente quando a pista é repleta de curvas fechadas.

A pior delas é “Aqua Forest”, que te joga em um toboágua e, se você não ajustar o seu veículo a tempo, vai bater na parede repetidamente e perder posições. O problema é particularmente notável quando eu joguei o segundo grande componente de “Sonic Racing: CrossWorlds”: seu multiplayer.

Imagine o caos das corridas no modo “um jogador” multiplicado por 100. É mais ou menos assim que foram a maioria das minhas empreitadas no modo online do game.

Mesmo com pouco tempo desde o seu lançamento (e a confecção dessa crítica) a comunidade já encontrou dezenas de atalhos, combinação de gadgets que fazem total diferença de uma pista para outra, e eu luto para conseguir acompanhá-los.

Personalização é a alma de “Sonic Racing: CrossWorlds”. Não acumule tíquetes!

As fases aquáticas eram, pelo que pude notar, as menos escolhidas. Acredito que muitos se sintam como eu e não gostam de como os veículos controlam na água. Some com o caos do multiplayer e você tem uma corrida que deixa de ser divertida para pura frustração.

Quando eu não estava me descabelando por uma pista “aquática”, estava apreciando as “playlists” de festival que a Sonic Team vem usando para o modo online. Tive a chance de participar do festival “Hatsune Miku” antes de concluir essa crítica, e todas as pistas receberam “regras especiais” e modos de equipe exclusivos. Em um deles, eu e outros dois jogadores tínhamos que, por exemplo, bater um nos outros para ganharmos boost de velocidade. Quanto mais boosts, maior a nossa pontuação.

Não ouso dizer que o online é perfeito, ao menos em termos de balanceamento. Afinal, nenhum modo online é. Sinto que há uma grande carência de itens de defesa e itens utilitários têm a sua duração relativamente curta em comparação com a quantidade de itens de ataque. Elementos que, acredito, devem ser ajustados pela Sonic Team à medida que o jogo evoluir e mais estratégias forem concebidas.

Quem tem “alergia” a modos online — e, acredite, tendo ciência do quão tóxicos alguns jogos podem ser, eu entendo — pode jogar uma “versão” local ou “sala privada” das playlists dos festivais no modo “Race Park”. Assumo que foi o que eu menos interagi por ausência de colegas para jogar junto. Cadê os meus fãs de Sonic?  

Todo estágio é acompanhado de uma trilha sonora arrebatadora.

Mais uma vez a Sonic Team se sobressai no tema personalização e variedade. Mesmo que você não tenha com quem jogar, há dezenas de desafios que liberam novos veículos, e a IA é competente nos modos de jogo em equipe. Eu destaco especialmente o modo “corrida personalizada” – algo raríssimo de se ver em jogos do gênero – onde você pode definir que tipos de itens podem surgir e quais pistas estão disponíveis.

Uma pena não conhecer mais pessoas interessadas em Sonic. Eu gargalhava comigo mesmo só com a ideia de criar uma corrida personalizada apenas com itens de ataque, a pista mais difícil com várias armadilhas, e escolher a versão reversa. Não sei se há amizade que aguente uma volta de “Sonic Racing: CrossWorlds” com essas regras.

Eu ainda acho curioso o quão entusiasmado, apaixonado e com vontade de continuar a jogar bem além do meu horário de dormir “Sonic Racing: CrossWorlds” me deixou. Normalmente sou um forte adepto de jogos mais voltados para simulação – embora tenha gostado de alguns raros jogos arcade como “Hot Wheels Unleashed” e o já citado “Mario Kart World”.

Com a promessa de mais Grand Prix, eventos e personagens nos próximos meses, eu não duvido de que eu irei mergulhar sabe lá quantas vezes em “Sonic Racing: CrossWorlds”. Ele vai muito além de um ótimo jogo de corrida, é um triunfo para fãs de Sonic. Até para aqueles que, como eu, não sabem quem é Espio.

Total - 9.5

9.5

Ótima seleção de pistas, modo Grand Prix robusto, personalização de corridas, veículos e gadgets, e um online que tem tudo para evoluir com novas estratégias e eventos. “Sonic Racing: CrossWorlds” é um triunfo para fãs de Sonic e, de longe, um dos melhores jogos de corrida arcade de 2025.

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Tags: análisearcadecorridaCrossWorldsjogo de corridaReviewsonic
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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