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Análise – Little Nightmares 3

Lucas Moura por Lucas Moura
18 de outubro de 2025
em Uncategorized
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Little Nightmares 3

Você já teve sonhos recorrentes? Por anos eu imaginei que morava em uma casa que só tinha um andar, uma sala de estar, um banheiro e um quarto. Toda vez que sonhava de novo, a casa estava maior, com um segundo andar. Com cada vez mais cômodos. Pessoas que eu não reconhecia. Suas proporções completamente fora do normal para o que nos entendemos como um ser humano. Isso durou anos, mas finalmente foi embora. Ao jogar Little Nightmares 3 (Steam / Xbox Series S/X / PlayStation 4 e 5). O novo projeto da Supermassive Games e o mais próximo que eu vi do meu sonho se materializar.

O terceiro jogo da franquia – que até então havia sido encabeçada pela Tarsier Games –, se foca em dois novos personagens: Low e Alone. Você seleciona qual protagonista deseja controlar no início da história, com o segundo sendo controlado pela IA — muito como aconteceu com Six em “Little Nightmares 2”. A sequência permite que o outro personagem seja também controlado por um segundo jogador se você possui alguém para jogar online já que não há suporte a coop local. Uma omissão estranha.

Os dois protagonistas compartilham as mesmas habilidades básicas, como pular, andar agachado e pegar objetos, mas cada um deles está equipado com uma ferramenta exclusiva para resolver quebra-cabeças e, de tempos em tempos, partir para o combate.

Little Nightmares 3

Low possui um arco que pode ser usado para atirar cordas para derrubar caixotes ou interruptores para mover plataformas, enquanto Alone carrega uma chave inglesa gigante, útil para quebrar paredes enfraquecidas ou manipular os controles de certas peças básicas ou máquinas do universo de “Lugar Nenhum” — onde boa parte da franquia “Little Nightmares” se passa.

Como já havia visto o sistema presente de forma mais rudimentar no antecessor, minhas expectativas estavam relativamente altas para ver o que a Supermassive traria de novidades para ele. A realidade? Pouca coisa.

Não há espaço para experimentação, os armamentos de Low e Alone funcionam apenas quando há contexto para a solução de um quebra-cabeça. Por exemplo, Low só vai preparar o seu arco para atirar se de fato há um alvo – tipicamente uma parte de um quebra-cabeça ou no combate.

O que me deixou mais decepcionado é que a maioria dos quebra cabeças são separados em múltiplas etapas bastante “distintas” por assim dizer. A qualidade de grande maioria retém o mesmo patamar estabelecido para Tarsier, mas a Supermassive estava com a faca e o queijo na mão para torná-los mais elaborados com a presença de dois personagens desde o começo do jogo. Ao contrário, apenas um ou dois requerem algum tipo de coordenação.

Isso causa um efeito cascata um tanto quanto decepcionante no que tange a dificuldade dos quebra-cabeças. A franquia “Little Nightmares” nunca foi conhecida por ter quebra-cabeças complexos, mas uma nova sala ou área era me fazia parar e pensar “Ok, por onde começar, o que eu preciso fazer para sair daqui”?  Em “Little Nightmares 3” essa sensação foi praticamente embora. Não demorava muito para um dos personagens correr para uma alavanca, ou indicar – mesmo que de forma indireta – o que fazer para continuar. Às vezes sequer dava tempo de respirar e lá estava Low ou Alone com pressa de continuar.

Preciso, é claro, apontar que parte do problema pode vir do fato que eu joguei “Little Nightmares 3” em modo solo, e alguns quebra-cabeças possam ser mais desafiadores caso jogado com outro jogador em modo online. Mas, ainda assim, eu sinto que foi um passo para trás. Pelo menos me deixe pensar por um tempo!

Isso também se estende para a cadência do jogo em si. Você anda, entra em uma nova área, descobre que há um quebra-cabeça, ou uma área na qual você precisa pular em várias plataformas e normalmente desemboca em uma perseguição ou um “chefão”. Sentiu um ar de similaridade? Pois é, “Little Nightmares 3” não muda muito a estrutura dos dois jogos anteriores.

Ao menos em termos de atmosfera, “Little Nightmares 3” não faz feio. A Supermassive conseguiu muitíssimo bem capturar o senso de desolação e medo que tão bem perpetua por toda a franquia. Os ambientes são ricos em detalhes, as (poucas) cenas de perseguição estão no mesmo patamar dos antecessores e a forma que a história se revela de forma implícita é muito mais agradável do que algumas “marteladas” que a Tarsier fez no antecessor – o que considerei mais do que desnecessário.

Por outro lado, é essa mesma capacidade da Supermassive tem de capturar o que a Tarsier fez no passado que gera um pouco de decepção. Com títulos como “Until Dawn”, “The Quarry” e tantos outros produzidos pela equipe, eu imaginei que “Little Nightmares 3” ia trazer algo mais do que um modo coop. De que a Supermassive ia pegar o conceito da Tarsier e expandi-lo consideravelmente, adicionar umas misturas inesperadas, jogar umas situações que ninguém imaginaria que aconteceria.

Há um momento em que “Little Nightmares 3” coloca toda a sua coordenação à prova, de longe o momento mais impactante para mim. Um misto de perseguição, quebra-cabeça, combate, a culminação de que eu esperava ver no jogo todo. Pensei “Agora sim o jogo engata, agora vai!”. E aí os créditos subiram.

Descrever “Little Nightmares 3” como seguro não é eu sendo crítico demais, é a realidade. Sei muito bem da frase “não se mexe em time que está ganhando”, mas após três edições, não seria melhor dar uma ligeira alterada? A inclusão de um sistema coop mais robusto não é o que eu imaginava para a franquia – ainda mais com a ausência de um modo local.

Este não é o “ponto final” de “Little Nightmares 3”, afinal ainda há DLCs por vir no futuro, mas por outro lado, eu fico com um gosto um pouco amargo na boca. A sensação de que por mais que a ambientação seja fantástica, os novos personagens agradáveis, há um medo de não querer ir além, de não buscar algo a mais. Talvez essa resposta acabe vindo nos DLCs, no futuro que a Bandai Namco planeja para a franquia.

Eu tenho certeza de que quem é aquele fã afinco da série vai se deitar e rolar, e adorar jogá-lo. Afinal, é “Little Nightmares” ainda se destaca no cenário de terror, mas em um ano de 2025 que está cada vez mais recheado de novidades — especialmente de desenvolvedoras pequenas — ver uma série que eu gosto tanto “parar” no tempo” não é o que eu imaginava.

Little Nightmares 3

Total - 7

7

Na mão da Supermassive Games “Little Nightmares 3” mantém a qualidade da franquia, mas depois de três títulos, ver que a maior adição é um modo coop, decepciona. Embora a ambientação seja fantástica, e os visuais estão melhores do que nunca, os mesmos sustos, e as mesmas perseguições estão começando a ficar “batidas”.

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Tags: análisecríticaLittle NightamresReview
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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