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Análise – Age of Wonders 4: Thrones of Blood

Lucas Moura por Lucas Moura
11 de novembro de 2025
em Análises
0

Houve uma época, décadas atrás, que muitos jogos de estratégia 4X não se importavam se eles eram ou não balanceados. Um dos exemplos mais proeminentes foram o primeiro e o segundo “Age of Wonders”. As táticas que você podia fazer para aniquilar o seu inimigo eram praticamente infinitas, uma mais exagerada do que a outra. Os anos se passaram e a preocupação com “balanceamento” e “multiplayer” tomaram conta. Toda facção tinha seus prós e contras. Na prática isso tornou as partidas mais estrategicamente intrigantes a longo prazo, mas a franquia perdeu um pouco dessa magia. “Thrones of Blood” (Steam / PlayStation 5 / Xbox Series S/X), é o primeiro DLC desde que “Age of Wonders 4” foi lançado que captura um pouco dela.

Se o nome não deixou óbvio, “Thrones of Blood” tem como principal atração a possibilidade de criar arquétipos de vampiros. Você pode, por exemplo, ser um vampiro ancião cuja principal característica é usar a escuridão ao seu favor — como todo vampiro que se preze ser chamado de vampiro, é claro — e fazer um excelente uso do subterrâneo dos mapas de “Age of Wonders 4”. Foi com ele que eu iniciei a minha primeira partida do DLC.

Chamá-los de poderosos, até mesmo quando não estão nas condições mais favoráveis, é modéstia da minha parte. Os vampiros anciões são um dos governantes mais fortes de “Age of Wonders 4” – superando, e muito, até mesmo os gigantescos e majestosos dragões. Além de terem bônus quando estão na escuridão, a maioria das suas habilidades passivas e ativas envolvem a capacidade de curar as suas unidades, aplicar debuffs de sangramento e compartilhar o seu sangue com as suas unidades para que elas tenham os mesmos buffs que o governante durante o combate.

No estilo clássico “bem vs mal”, vampiros são considerados uma unidade morta-viva — o que, bem, a Triumph Studios não está errada. Ou seja, a não ser que você esteja com uma unidade praticamente guiada pelo caminho da luz ou com atributos ou equipamentos que facilite eliminar mortos-vivos, pode se preparar para ter uma gigantesca dor de cabeça tentando derrotá-los.

Outro traço especial dos vampiros é a capacidade de transformar terrenos em “terrenos sem sol”, independente se eles estão na superfície ou não. Expandir o meu território para além do subterrâneo foi muito mais fácil do que eu imaginava. Lento, já que só uma província é alterada por turno, mas ainda assim, fácil.

Eis que dei de frente com o meu primeiro adversário, um grupo de engenheiros ave que não gostaram nem um pouco de eu tomar território que, supostamente, era deles, e decidiram entrar em guerra comigo. Que pena para eles.

Eu estava munido do Tome of Blood – um dos novos tomos incluídos na expansão. E, se for um vampiro não é o suficiente, esse tomo vai garantir que seja. Minhas magias transformavam o meu exército tanto em meus “escravos” quanto minhas armas. Sugava o sangue deles e fazia com que eles aplicassem sangramento nos inimigos. Pode soar como uma troca injusta, mas com a modificação “Blood Drinking Blades”, eu era capaz de curar as minhas unidades ao atacar oponentes que estavam com sangramento.

Thrones of Blood

Não importava a quantidade de exércitos, heróis, engenhocas as aves enviassem para as minhas províncias. Elas eram dizimadas com a mesma rapidez que elas chegavam.

Isso é apenas uma fração dos tomos que “Thrones of Blood” traz. O Tome of Torment é de longe, o meu favorito. Ele pode ser usado para dar buffs nas suas unidades toda vez que elas tomam dano e são uma ótima combinação para aqueles que querem não só tornar os vampiros poderosos, mas como qualquer outra facção de “Age of Wonders 4”.

Mas, desatento como sou, esqueci de prestar atenção a uma mecânica exclusiva aos vampiros: thralls. Esses seres são uma das suas principais fontes de “energia” por assim dizer para invocar certos tipos de magias. Um sistema similar foi utilizado pela facção dos Eldritch, mas ao invés de capturá-los em batalha, você pode simplesmente produzi-los com alimentos nas suas cidades.

Soa fácil não? Fácil até demais? Pois é, se você quer ter um exército com muita magia, ou você abocanha terras atrás de terras dos seus oponentes e expande seu território o quanto antes, ou você não vai ter thralls o suficiente e as suas cidades não vão ficar nem um pouco contentes de que parte dos alimentos está sendo desviado para criar seres e ao invés de alimentar a sua população.

Thrones of Blood

Ironicamente, um dos aspectos mais relegados de “Age of Wonders 4” – a administração de cidades – é o que vai gerar mais dor de cabeça ao jogar com um vampiro. Nenhuma das cidades que conquistei estavam satisfeitas comigo, muito menos com os meus heróis, já que eles precisam se converter a vampiros para fazer parte do meu reino. Vi dezenas de rebeliões surgirem e tive que apagar incêndios à torto e a direito, uma surpresa para alguém que investiu horas e mais horas em “Age of Wonders 4” e a maior reclamação das minhas cidades era falta de atividades recreativas.

Por outro lado, mostra o quão fraco é o lado administrativo do 4X. Há pouco que se pode fazer para conter possíveis rebeliões a não ser construir, construir, e construir mais um pouco até que os positivos sejam maiores do que os negativos. Não chega a ser frustrante, muito menos atrapalhar as partidas de “Throne of Blood”, mas é uma área que eu gostaria muito que a Triumph explorasse em atualizações futuras.

Compreendo que, comparado com o restante de “Age of Wonders 4”, o lado administrativo – tal como o lado diplomático – é minúsculo, mas levando em conta que esse é o terceiro passe de temporada, já está na hora da desenvolvedora olhar um pouco além de apenas adicionar novas facções ou variantes.

Em partes, eu acredito que a própria desenvolvedora está ciente disso, pois “Thrones of Blood” finalmente retorna para o ciclo de novos reinos com elementos narrativos. E, o DLC é de longe um dos melhores e mais elaborados tanto em termos de história quanto desafio.

Thrones of Blood

Até eu que não sou um grande fã desses reinos fiquei intrigado pela história – que conta a origem dos vampiros no universo de “Age of Wonders 4” e decidir o destino deles. Você pode se alinhar com os caçadores ou com os vampiros. Para evitar spoilers, não vou dizer a minha decisão, mas garanto para você que independente da que você tomar, pode se preparar para batalhas atrás de batalhas, reviravoltas e traições.

O que me chamou ainda mais atenção foi a Triumph colocar mais pontos que você pode “moldar” a narrativa, algo que eu senti falta no 4X. Imagino que isso seja os preliminares para “Secrets of the Archmages”, supostamente o DLC mais focado em eventos narrativos já produzido para o game e previsto para lançamento no ano que vem.

Eu ainda sinto que irei gatar muitas horas explorando não só “Thrones of Blood” como um vampiro, mas combinando os tomos que vieram com o DLC com as minhas outras facções. Mais uma vez a Triumph se supera no que diz respeito a qualidade, e – como pontuei no começo do tempo – até me fez relembrar da era onde ela não se importava muito com balanceamento.

Se você é fã de “Age of Wonders 4”, “Thrones of Blood” é mais do que essencial, é uma das melhores adições para o game desde o lançamento. Agora vá, destrua seus inimigos, tome a cidade deles, mas não esqueça de administrá-las propriamente.

Age of Wonders 4: Thrones of Blood

Total - 9

9

A Triumph Studios joga o conceito de “balanceamento” em “Age of Wonders 4” pela janela e entrega tomos e uma facção poderosíssima com “Thrones of Blood”. Quando estiver cansado disso, aproveite um dos melhores reinos narrativos. O futuro do game continua brilhante, só espero que a desenvolvedora dê um pouco mais de atenção para o gerenciamento de cidades.

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Tags: 4XAge of Wonders 4análisecríticaReview
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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