Com praticamente um mês até o seu lançamento, a Paradox divulgou nesta quinta-feira (2) mais um vídeo no qual ela e a Paradox Tinto entram em mais detalhes sobre as mecânicas mais “complexas” de “Europa Universalis V”. Onde o vídeo anterior foi focado na colonização, este detalha as gigantescas mudanças nos sistemas de cultura, religião e guerra do Grand Strategy.
Como eu já havia apontado nas minhas primeiras impressões publicadas em maio, os sistemas de cultura de “Europa Universalis V” são muito mais robustos do que o seu antecessor. O jogo possui mais de 2000 culturas e cada país tem uma cultura primária, secundária, terciária e grupos ainda menores. Isso cria situações que alteram ao longo da partida seja por decisões suas ou por eventos externos.
Uma cultura majoritária — como aponta o diário de desenvolvimento da Paradox Tinto — pode começar a ter certos “preconceitos” contra minorias caso você, por exemplo, anexe uma região onde a cultura difere muito dos pilares da sua sociedade, é possível ter uma rebelião em mãos.
Até então isso também ocorre em escala menor em “Europa Universalis IV”. O que muda na sequência é a forma que uma cultura pode ser “integrada” na sua sociedade. Culturas divergentes não podem simplesmente mais serem “integradas”, mas apenas “toleradas” até que você tenha uma população grande o suficiente para que a cultura delas de fato se torne parte da sua sociedade. Isto resulta em um “custo de manutenção” representado por “capacidade cultural”, quanto mais divergente, maior o custo.
Os mesmos sistemas podem ser encontrados no sistema de religião, mas de forma “simplificada” – se é que eu posso chamar algo de “simplificado” em “Europa Universalis V”. As principais religiões majoritárias estão presentes no começo de uma partida, enquanto outras irão surgir à medida que reformas religiosas acontecerem. E, se você conhece algo sobre o catolicismo, sabe bem do que eu falo.
Países que possuem múltiplas religiões com um alto nível de tolerância do restante da população prosperam com bônus de felicidade, e também difundem a religião pelo continente. Claro que isso também vem com um custo relativamente alto, já que múltiplas religiões em um único país é sinônimo de problema. Sempre haverá alguma religião que não vai se sentir abraçada o suficiente, e se ela por acaso fizer parte de um grupo influente, pode se preparar para dores de cabeça.
Essas “dores de cabeça” podem surgir por meio de revoltas, eventos, necessidade de reformas ou conversões religiosas – que usam diplomatas ou membros do alto clero –, ou de um jeito mais direto: a guerra.
Guerras e exércitos são outros dois componentes que ganharam dezenas de novas mecânicas em “Europa Universalis V”. A composição do seu exército é mais importante ainda já que o jogo utiliza com mais eficácia um sistema de flancos, há todo um componente logístico que faz com que as suas tropas se movimentem mais rápido em regiões que já possuem redes de tráfego mercantil e necessitam de alimentos, munição e equipamentos. Quase como uma versão “micro” de “Hearts of Iron IV”.
O jogo também vai representar a profissionalização do exército com novos componentes como construções militares especiais. O equipamento de cada tropa também tem um impacto na “velocidade” (determinada em pontos de iniciativa) que eles entram no combate. Ou seja, não adianta ter unidades pesadas ou apenas cavalarias se elas demorarem para chegar ao campo de batalha.
Confesso que, de todos os elementos de “Europa Universalis V”, guerras foi o que eu menos explorei durante as minhas primeiras impressões. O diário de desenvolvimento, no entanto, mostra que o jogo é uma tremenda evolução do sistema utilizado em “Imperator: Rome” e possui pitadas de “March of the Eagles” – visto por mim como um clássico que foi esquecido por muitos. Recomendo, e muito, ler ele.
É inegável que eu estou ansiosíssimo para jogar “Europa Unversalis V”, e da minha experiência anterior, é de longe um dos jogos mais ambiciosos da Paradox. Estou com os dedos cruzados que ele alcance toda ambição.
Veja os vídeos divulgados sobre as mecânicas de cultura, religião, e guerra, abaixo:
