A última vez que eu escrevi sobre “Shadowverse: Worlds Beyond”, demonstrei a minha preocupação de que o card game da CyGames tomasse um rumo de monetização mais predatório. Agora, lançado nesta terça-feira (17) para PC, iOS e Android, aparentemente os meus medos se tornaram verdade.
Sequência do game de 2017, uma das principais atrações dele é uma nova mecânica de super evolução. No jogo anterior era possível evoluir uma carta para uma de nível mais alto no começo de um turno. Isto fazia com que cartas fracas tivessem uma maior chance de serem eficazes.
A super evolução segue um conceito similar, mas agora ao invés de uma evolução direta, a super evolução causa dano remanescente no oponente e certas cartas-personagem tem a possibilidade de colocar ainda mais cartas aliadas no campo de batalha.
O sistema de classes também retorna para a sequência, com sete classes jogáveis (Portalcraft, Forestcraft, Swordcraft, Runecraft, Dragoncraft, Abysscraft e HavenCraft). Embora haja uma a menos do que o original, a Cy Games tenta equilibrar com a inclusão de mais cartas neutras – cartas que podem ser usadas por qualquer classe.
Em termos de jogabilidade, “Shadowverse: Worlds Beyond” continua tão sublime e fácil de aprender quanto o seu antecessor. O sistema de cartas e pontos de mana é praticamente idêntico e o jogo tem um bom tutorial ensinando os conceitos simples até os mais avançados.
O problema, no entanto, está na monetização. O custo de um pacote de cartas está altíssimo e dessa vez a Cy Games optou por adicionar um passe de batalha, uma jogada que não só vejo como desnecessária, mas pouco “útil” em um deckbuilder.
A comunidade não está nem um pouco feliz com os preços, com a maioria das reviews apontando para “muito negativo”. Eu torço para que a desenvolvedora note as críticas da comunidade e reajuste os preços. Sei que o passe de batalha não vai embora, mas não é isso que eu esperava de uma continuação para “Shadowverse”