Assumo que quando vi não botei muita fé quando vi “Escape from Duckov” no Steam. Mais me parecia alguma piada com “extraction shooters” – muitos deles que eu diria que já são uma piada por si só. Decidi investir algum tempo nele, e agora de umas boas horas de jogo, me arrependo de sequer ter pensado outra coisa do projeto da Team Soda e publicado pela bilibili.
Sim, no fundo você ainda é um pato que fica armado até os dentes, mas a “complexidade” de “Escape from Duckov” não fica muito longe de jogos como “Zero Sievert” ou uma versão “isométrica” de “Incursion Red River”.
O jogo em si tem múltiplos mapas – acessíveis à medida que você avança na exploração e na obtenção de equipamento – diferentes tipos de munição e proteções, e mecânicas como possibilidade de travar a arma por conta de uma bala de baixa qualidade ou falta de manutenção.
“Escape from Duckov” é elevado, ao menos para mim, em relação a títulos como “Tarkov” pela possibilidade de mods. Entendo muito bem que não é o mesmo público, ainda mais por se tratar de um jogo single-player. Desde o seu lançamento em 16 de outubro ele já tem uma quantidade saudável de mods que vão de pequenas mudanças no mapa a novos meios de progressão. Não duvido que o número aumente consideravelmente nas próximas semanas.
Outro ponto crucial que o diferencia é seu sistena de dificuldade. Você pode tornar “Escape from Duckov” bastante fácil — o que eu pessoalmente não recomendo — ou profundamente difícil ao ponto de perder o loot ao morrer ou um modo permadeath. Eu preferi um “meio-termo” com a possibilidade de obter o que eu tinha caso consiga retornar ao local da minha morte, bem no estilo “Dark Souls”.
Não é à toa que o jogo vendeu um milhão de cópias. Mostra que há mais do que uma saudável comunidade para “Extraction Shooters”, mas nem todo mundo vive de um jogo que precisa ter elementos de “Game as a Service”. Acho assustador que, em pleno 2025, algumas empresas ainda insistam nisso.
Veja o trailer e mais imagens de “Escape from Duckov” abaixo: