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Análise – Super Robot Wars Y

Lucas Moura por Lucas Moura
1 de setembro de 2025
em Uncategorized
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Como alguém que não assistiu tantos mechas fora os mais famosos de “Gundam”, a franquia “Super Robot Wars” sempre me soou assustadora de sequer começar a jogar. Ter investido dezenas de horas em “Super Robot Wars 30” – um dos raríssimos títulos a serem traduzidos para inglês –, fez este medo aumentar. Uma quantidade assustadora de franquias, centenas de missões, referências que não faziam o menor sentido. O terminei com um gosto amargo na boca e sequer toquei no segundo passe de temporada. Mas, como eu sou teimoso, não me dei por satisfeito e dei uma segunda chance com “Super Robot Wars Y” (Steam / PlayStation 5 / Nintendo Switch). Ainda bem que fiz.

Consideravelmente menor em escopo, “Super Robot Wars Y” mantém a estrutura similar a outros títulos da franquia. Um gigantesco crossover de múltiplas franquias com uma história nova — ou ao menos com reviravoltas novas — e dezenas de personagens originais. Sendo o principal, é claro, o “protagonista” escolhido por você.

Dessa vez a escolha fica entre dois “ninjas modernos” com mechas temáticos no mesmo estilo. Claro que NINJA toma toda uma nova faceta quando se trata de um mecha e o contexto de “Super Robot Wars Y”. Os ninjas ainda são parte de uma organização secreta, mas a palavra vira uma SIGLA de uma “força de defesa”.

Não foi o começo que eu esperava, e me senti de volta em “Super Robot Wars 30”, com diálogos sem sal e uma introdução dessa organização dentro do universo de “Super Robot Wars Y” se arrastando por muito mais tempo do que eu gostaria.

Minha teimosia falou mais alto e eu mesmo me interrompi e disse a mim mesmo “Calma Lucas, você ainda está nas horas iniciais, nem todo RPG vai começar bombástico. Respira fundo que vai melhorar”. Eu agradeço demais a minha teimosia e a minha esperança de que tudo pode melhorar, quando eu atingi a metade do segundo capítulo de “Super Robot Wars Y” a trama disparou como um foguete.

Super Robot Wars Y
A história de “Super Robot Wars Y” pode ser um pouco previsível, mas ao menos não é tão confusa quanto a de “Super Robot Wars 30”.

Se “Super Robot Wars 30” foi uma coletânea de referências, a trama de “Super Robot Wars Y” é muito mais coesa. Há uma incrível atenção em criar uma conexão mais “tátil” com personagens de “Mobile Suit Gundam SEED Destiny”, “SSSS.DYNAZENON” ou “Macross Delta” para citar alguns das séries presentes no game, mas fazer com que a presença dele nesse universo interconectado tenha sentido.

Cada missão deixa de soar como “aqui está um episódio completamente desconectado da trama principal” – que foi o que eu senti em vários momentos de “Super Robot Wars 30” –, para uma onde há um senso muito mais notável de progresso. Os personagens, até mesmo os que eu tinha pouco ou quase nenhum conhecimento e afinidade, crescem à medida que a trama avança. A interação entre eles é fantástica até nos momentos que eles citavam algum evento que eu sequer tinha ouvido falar.

E, se você tem o medo de se sentir assim, “Super Robot Wars Y” oferece um compêndio e glossário rico em detalhes. Toda palavra que estiver em laranja durante um diálogo já vai estar no glossário do game e basta apertar triângulo ou o botão correspondente do controle que você utiliza para acessá-lo. “Super Robot Wars 30” utiliza um sistema similar, mas o escopo menor de “Super Robot Wars Y” faz com que eu não fique 30 minutos lendo sobre o que aconteceu antes dos eventos do crossover para entender uma conversa.

Eu não duvido que aqueles que assistiram todos os episódios de “SSSS.DYNAZENON” ou “Getter Robo Arc” vão ter um apreço ainda maior pela trama de “Super Robot Wars Y”. Mas ao menos não me senti “deslocado” ou frustrado por não ter conhecimento prévio. Um grande mérito dele foi me fazer querer ver “Getter Robo Arc” – e o já coloquei na minha lista.

Pode se preparar para gastar um bom tempo nessa tela, mas o sistema de melhorias de “Super Robot Wars Y” é simples e direto ao ponto.

Outra armadilha que “Super Robot Wars Y” consegue evitar pela maior parte do tempo é cair nos típicos estereótipos de anime de mecha. O jogo não vai ganhar nenhum prêmio pela sua narrativa, mas também não fica naquelas tentativas pífias de reviravoltas tão óbvias que só falta botar um alvo na cara do personagem.

Mas “Super Robot Wars Y” não vive só de história; o que me deixou com tanta vontade de passar cada diálogo, cena e cinemática é o elemento que ele faz muito melhor do que “Super Robot Wars 30”, as missões.

O sistema de combate do game retém em grande parte o que faz a franquia ser relativamente acessível para quem não tem muita experiência com SRPGs. As missões em si são relativamente simples e diretas. “Derrote os inimigos específicos e evite que os seus aliados sejam eliminados” ou “Avance até o ponto ‘A’” ou “Defenda o ponto ‘B’” por uma quantidade de turnos definida.  

Cada unidade possui múltiplas armas de curta e longa distância, assim como um conjunto de habilidades chamado “Spirits” que podem aumentar a chance de se esquivar de um ataque do inimigo ou aumentar as chances de dano crítico. Algumas unidades têm uma habilidade rara – e, de longe, a minha favorita – de ter um turno adicional caso consiga destruir um inimigo.

Finalmente mapas de batalha mais ricos em detalhes, agora só falta não serem tão reutilizados.

Antes que se empolgue demais com a ideia, as missões iniciais não vão te oferecer muitas chances de utilizá-las, já que a maioria das suas unidades possuem pouquíssimo Spirit Points (SP). Recomendo que ao menos se familiarize com ele – e leia com calma o tutorial se você não tem muita experiência com SPRGs –, pois do quarto capítulo em diante é que o leque de opções de “Super Robot Wars Y” realmente se abre por completo.

É nele que você vai ter pontos suficientes — isto é, se não tiver antes após fazer as dezenas de missões secundárias — para expandir a “árvore de habilidades” chamada STG Memory ao ponto de impactar as missões. Ela é a maior adição em termos de mecânicas em “Super Robot Wars Y”. Em suma, você obtém pontos de experiência de memória (MXP) e os utiliza para desbloquear nódulos.

Eu gosto mais da ideia do que da implementação. Muitos dos nódulos são pouco úteis, como o que dá um aumento pífio de 50 pontos de vida para todas as suas unidades. É o equivalente a aumentar 0,1% de vida, já que na primeira missão do jogo eu já eliminava mais de 3000 pontos de vida com um só golpe.

Outros nódulos, como um aumento de experiência em 10% para todas as unidades ou um aumento de 5% de chances de dano crítico, deviam ser a regra. Para um jogo com tantos mechas, toda chance de potencialmente elevar a experiência ganha por missão deve ser vista como uma oportunidade de ouro.

Para quem tem mais experiência em SRPGs como eu, recomendo começar “Super Robot Wars Y” no modo “Hard” ou até no “Expert”. As duas dificuldades são os maiores diferenciais no que diz respeito a forma que os inimigos atuam dentro do campo de batalha.

Equipe não poupou esforços em criar animações belíssimas.

Uma das minhas grandes críticas a “Super Robot Wars 30” era que ele estendia o conceito de “mais conteúdo, menos qualidade” até mesmo para as batalhas em si. Demasiadamente longas, muitas delas envolviam destruir dezenas de unidades que não apresentavam o menor desafio até nas dificuldades mais altas. Eu me lembro muito bem de completar duas ou três missões antes de ficar entediado e parar pelo dia.

Em “Super Robot Wars Y” isso mudou; as batalhas em si possuem um número bem menor de unidades inimigas, mas elas fazem um uso muito mais inteligente do terreno e distância. Deixe um dos seus mechas dando bobeira na dificuldade ‘Hard’ que você vai ser flanqueado, o inimigo não vai hesitar em utilizar ataques em área e sabe recuar quando necessário. É ainda mais notável em batalhas contra chefões ou missões especiais – tipicamente reservadas para um fim de capítulo.

Ele não virou nenhum SPRG daqueles que você vai acabar uma missão suado de tanta tensão. Como apontei acima, ele é um título que – acima de tudo – tenta acomodar pessoas que não tem experiência no gênero. Mas, como alguém que tinha receio de passar pelo mesmo “tédio” de “Super Robot Wars 30”, qualquer mudança já é um lucro.

Se tem uma coisa que o jogo não vai te matar de tédio é com as suas animações e visuais. “Super Robot Wars Y” é, de longe, um dos jogos da série que mais avançou em termos de visualização do mapa. Se você é da era de “Super Robot Wars V” ou títulos anteriores, vai se impressionar e muito com o nível de detalhes dos mapas de “Super Robot Wars Y”. As cidades não são mais “planos” e as florestas agora são, de fato, florestas. Fico impressionado que demorou todo esse tempo para a Bandai Namco fazer algo a respeito dos mapas.

E elas não se limitam aos personagens de Gundam.

Eu gostaria que a equipe tivesse ido um pouco mais além e oferecido uma variedade ainda maior de mapas, já que é difícil não notar que eles começam a se repetir mais do que deveriam – e isso prejudica muito a apresentação. Imagina você estar naquela missão “tudo ou nada” e ver que é o mesmo mapa de umas das missões introdutórias?

Mas convenhamos, a maioria das pessoas que joga “Super Robot Wars” quer ver as animações de combate, e nesse aspecto “Super Robot Wars Y” não decepciona nem um pouco. Outra vez o escopo menor dá uma vantagem para a equipe que entrega ataques bombásticos, explosões incríveis que são ampliadas com os efeitos sonoros e uma boa trilha sonora composta por temas “icônicos” das séries.

Dou um destaque especial para os personagens de “Gundam Wing” e do protagonista. Elas são tão boas que eu não me lembro de ter sequer pulado uma vez a animação. Nada mais prazeroso do que ver seu oponente dilacerado com um ataque destruidor.

São esses visuais fantásticos, o crossover de séries que conheço e não conheço, que me fez me interessar tanto por “Super Robot Wars”. E, depois de ter um começo longe de amigável com “Super Robot Wars 30”, “Super Robot Wars Y” o sedimentou como uma das franquias que vou acompanhar ainda mais de perto. Afinal, não conheço nenhum outro jogo que me deixa controlar um Gundam e colocá-lo para batalhar contra Kaijus.

Super Robot Wars Y

Total - 8.5

8.5

“Super Robot Wars Y” pode ter menos crossover do que outros jogos da série; em contrapartida ele traz animações ainda melhores, melhorias pontuais na dificuldade e uma história mais bem amarrada. Os mapas de batalha, embora mais ricos em detalhes, se repetem um pouco demais e o novo sistema de pontos de experiência precisa de melhorias. Mas, para uma série que vejo tão “avessa a mudanças”, é um bom avanço.

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Tags: açãocríticaestratégiaestratégia em turnosSuper Robot WarsSuper Robot Wars Y
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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