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Análise – Ride 2

Lucas Moura por Lucas Moura
28 de fevereiro de 2017
em Análises, Slider
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Uma das coisas que jamais entendi é o quão pequeno é o apelo por jogos de corrida de motos. Tivemos uma era de ouro durante os 16/32-bit, agora são tão escassos quanto RPGs com histórias boas. Ride 2 tenta corrigir um pedaço deste erro. Ele está disponível para PC, Xbox One e PlayStation 4 a partir de R$90,99.

Os jogos da Milestone são como aquele hambúrguer que você pede em uma sexta-feira depois do trabalho, você sabe que não faz muito bem para a saúde, mas está cansado e sente que merece uma recompensa depois do esforço da semana. Dias depois se questiona se foi uma boa decisão, interrompe o pensamento e pede de novo.

É assim que me vejo ao jogar Ride 2, eu gosto de algumas noções básicas de pilotagem dele, da maneira que ele tenta trazer eventos menos vistos por aí — como corrida em equipes —, da possibilidade de personalizar a moto, da sensação de velocidade que algumas pistas oferecem. Porém, a cada corrida que eu terminava, ficava com aquele gosto de “Hmm, falta algum tempero para deixar o prato perfeito”.

Eu me diverti com o tempo que eu joguei Ride 2, a quantidade de motos disponíveis — com a inclusão de quatro pacotes gratuitos —, é de bater palma. No entanto, pilotá-las traz pouca variação a não ser por algumas noções de frenagem e velocidade. De resto? Pareciam sabonetes na pista, derrapavam no mais simples toque do controle.

Isto depois de descobrir que Ride 2 vem automaticamente com todas as opções para facilitar a pilotagem da moto ligadas. Ter uma guia para você aprender o trajeto da pista e controle de tração até vai, mas não receber um aviso que um sistema de frenagem automático está ativado é um senhor deslize. Não era à toa que frear nas primeiras corridas fazia a moto praticamente parar. Os dois sistemas se contradiziam e aplicavam algo como uma “dupla” frenagem na moto. Um tanto quanto bizarro.

Por conta da Milestone apostar tanto na noção de obter mais motos, a não-existência de uma progressão consistente — como pistas com layouts diversos —, faz com que a subida para o topo seja entediante.

Ride 2

Passava tela por tela de torneio e via os mesmos layouts, as mesmas opções e aquela vontade de deixar de lado, já sabia que a próxima corrida ia ser bem parecida com a outra. Talvez eu derrapasse mais, talvez eu batesse algumas vezes, mas o conceito em si estava estático.

Tais elementos que criam o impulso de avançar dos jogos de corrida. A Milestone raramente acerta neste ponto, os problemas que vejo aqui são idênticos ao que aconteceu com Sebastien Loeb Rally Evo.  O jogador não se sente desafiado a progredir na carreira pois o objetivo é tão dolorosamente óbvio — pegar uma moto que não vai dar nenhuma gratificação em dominá-la —, que não se encontra motivos para continuar.

Comparado com algo como DiRT 3, ou até a — até então — finada franquia Grid, eu ficava empolgado justamente em saber que no momento que eu pegava um novo carro, voltava para as pistas anteriores para ver como ele se comportava. A tração ia alterar meus tempos? Como a frenagem influencia o primeiro ou segundo setor que eu tanto penei para bater o meu tempo ou vencer a corrida? A mesma questão pode ser levantada para motos, Ride 2 só não te dá estas respostas.

Parte do problema também parte da forma com que a inteligência artificial gera tensão para o jogador. O famoso “rubberbanding”, onde os primeiros colocados disparam na frente e depois magicamente te alcançam ao ultrapassá-los, está mais forte do que nunca. Corridas onde eu tinha uma vantagem de dez segundos em relação ao segundo colocado foram reduzidas para milésimos menos de uma volta.

Entendo a necessidade de tal sistema, mas saber balancear continua o fraco da Milestone. É 8 ou 80, ou é vencer ou perder. Está em uma categoria com no máximo 250pp? É bom que a sua moto tenha 250pp, caso não o pódio é apenas um sonho.

O empenho das corridas, e do jogo de maneira geral, perde força com o passar das horas. Ride 2 vira um “colecione motos para apreciá-las” e não um “obtenha novas motos para conquistar sua posição na pista”. Novamente, a Milestone não consegue entender que não é só colocar alguns modelos bonitos na tela, deixar mudar a cor e “assim já está bom”.

Em partes, de fato já “está bom” para a Milestone, pois os jogos dela realmente são o hambúrguer que eu mencionei. Não me arrependo de ter investido horas em Ride 2. Afinal, a carência de um jogo de corrida de motos competente é quase gritante. Agora, se a Milestone continuar a requentar o mesmo prato de sempre, uma hora vai enjoar.

É uma desenvolvedora que precisa sair da zona de conforto dela e entender que as mecânicas que sustentam as corridas são tão importantes quanto modelar uma moto aos mínimos detalhes. A esta altura, mais fácil desenvolver um jogo de realidade virtual onde você atende a um Showroom de motos. Que Ride 3, ou os próximos títulos da Milestone, consigam captar essa noção e adicionar um pouco mais de profundidades às corridas.

Ride 2

Total - 6.5

6.5

Um decente jogo de corrida de motos que se destaca puramente pela quase inexistência de outros competidores no mercado. Por enquanto a Milestone tem uma fórmula que cobre as necessidades básicas, mas já está na hora dela rever algumas das noções que aplica nos seus games.

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Tags: corridamotosRide 2
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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