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Primeiras Impressões – Towa and the Guardians of the Sacred Tree

Lucas Moura por Lucas Moura
18 de agosto de 2025
em Primeiras impressões, Slider
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Eu evito ser pessimista, mas quando cubro um gênero por muitos anos, começo a ver mais e mais “padrões”. É bastante notável em roguelites. “Se nosso jogo não possuir meta progressão, ele não vai fazer sucesso”, foi o tema estabelecido em 2013 por “Rogue Legacy”. Depois, “Caso nosso roguelite não tenha fortes elementos narrativos, ele será um desastre”, no caso de um mundo pós-“Hades” de 2020. Eu já estava preparado para esperar o mesmo de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree” da Brownies inc. Eu só não queimei mais a língua, pois já havia queimado com um copo de café no dia em que eu o joguei.

A convite da Bandai Namco – publisher do game – tive a chance de jogar cerca de quatro horas do game, previsto para 18 de setembro no PC, PlayStation 5, Xbox Series S/X e Nintendo Switch — quatro horas que passaram em um piscar de olhos.

O título da Brownies inc. não foge às convenções do gênero. Uma breve introdução me apresenta a sacerdotisa Towa – responsável por defender a vila de Shinju contra as investidas malignas de Magatsu – e os oito guardiões que a acompanham.

Já nos primeiros minutos eu fui jogado no que seria uma “batalha final” para fechar o portal e impedir que a influência de Magatsu chegasse até a vila. Se você conhece como essas histórias funcionam, sabe que a tal “batalha final” é só o começo da história.

Sem entrar em muitos spoilers, o poder de Magatsu é muito maior que Towa ou até mesmo os guardiões imaginavam. Derrotá-lo de verdade vai requerer prática, esforço e dezenas, senão centenas de tentativas.

Towa
Essa batalha vai ser fácinha…… claro que vai

A partir daí você tem a sua tradicional estrutura de um roguelite “pós-Hades”. Como Towa você explora a vila de Shinju, conversa com os seus habitantes para conhecer mais sobre o mundo, quem de fato é Magatsu, e utiliza as várias instalações para melhorar as habilidades e atributos dos guardiões (mais sobre esses elementos em breve).

Na hora de partir para ação, Towa toma um lugar de coadjuvante e você joga com dois guardiões, um Tsuguri e um Kagura. Em termos práticos, um guardião vai ser o seu personagem principal e o outro vai ser o seu personagem secundário / suporte. Com 8 guardiões jogáveis, as combinações são tantas que o tempo de jogo que tinha disponível sequer me deram a chance de jogar com metade deles.

Mas “Towa and the Guardians of the Sacred Tree” vai bem além de usar os guardiões como meras “armas”. A Brownies Inc deu uma atenção especial em explorar a personalidade deles e a interação. Rekka – a primeira guardiã com quem eu joguei no papel de Tsuguri — é letal com sua espada. Acompanhada de Akazu, que tem ataques em área devastadores, formam uma dupla formidável. Antes mesmo de explorar a “dungeon” – se é que posso chamá-la disso – ambos os personagens fizeram comentários únicos a eles com Towa. Imaginei que isso era só mais uma extensão do sistema narrativo do jogo. E, em partes, é.

O que eu não esperava é a quantidade absurda de diálogos que cada guardião tem um com o outro. Akazu tem pavor de insetos – e como alguém que prefere se mudar de casa a matar uma barata, eu me identifico de uma forma espiritual com ele.

Em dado momento da partida, Akazu e Rekka se sentam para “descansar” e Rekka tenta consolar o medo de Azaku sobre insetos, e sobre toda a situação de ainda não terem derrotado Magatsu. Uma dinâmica bem oposta do que quando joguei com Koro e o personagem fez ligeiras piadas sobre o pavor de Akazu.

Diálogo entre os guardiões enche “Towa and the Guardians of the Sacred Tree” de vida

Pode parecer algo “supérfluo”, mas só essa dinâmica já me basta para querer investir mais tempo nos guardiões. Embora — como apontei — não consegui jogar com todos, cada run era repleta desses pequenos momentos que enriquecem e muito o universo de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”. Mostra não só que a vila de Shinju é um pedaço de algo muito maior, mas também evita que o jogo caia na armadilha de “recompensar” só aqueles que avançarem na história com mais diálogo.

E, mesmo se você acabar preferindo jogar com dois dos oitos guardiões por toda a duração de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”, a Brownies Inc se certificou de que você tenha que utilizá-los de uma maneira estratégica.

Como descrevi acima, você escolhe um Tsuguri e um Kagura. Entretanto, a desenvolvedora aplica um sistema de “durabilidade” para os ataques primários. Se você passar tempo demais usando apenas o Tsuguri, a sua espada vai perder o fio e você precisa trocar para o Kagura.

Antes que você torça o nariz, não, isso não significa que a sua espada irá quebrar, somente que você vai ter que trocar de personagem e aprender utilizar os ataques primários dele.

Quanto mais rápido derrotar os inimigos, melhor a pontuação. Aprenda os combos!

Para um gênero que ultimamente anda tão “engessado” em modelos relativamente pré-definidos, a variedade de estratégias disponíveis em “Towa and the Guardians of the Sacred Tree” é quase como um respiro de alívio. Descobrir a melhor posição de ataque com um guardião específico, trocar entre o Tsuguri e o Kagura, utilizar habilidades como “Quick Slash” – que permite você alternar entre dois ataques em sucessão –, me fez abrir um sorriso de canto a canto.

Isso sem contar nas habilidades secundárias, muitas delas magias, que dão aquele tempero extra para derrotar os inimigos o mais rápido possível. E, quanto mais rápido, melhor, pois o jogo utiliza um sistema de pontuação para cada área que te recompensa com itens e melhorias de habilidades mais raras quanto mais dano causar em menos tempo, e se evitar tomar dano.

Por outro lado, a curva de aprendizado de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree” é um pouco mais alta que a média. O game oferece a opção de controlar o segundo personagem com o analógico direito, mas há tanta ação constante na tela que muitas vezes eu mesmo o perdia em meio ao caos, e preferi que a IA o controlasse.

Towa
Os visuais são estonteantes, mas a ação é um pouco caótica demais, ainda mais com dois personagens jogáveis.

Falando em combate, esse é o ponto que mais precisa de refinamento em “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”. Por mais que as habilidades e a variedade estratégica do roguelites sejam ótimos, muitos inimigos têm uma reação fraquíssima às suas investidas, quase que como se feitos de borracha.

Como meu tempo com o jogo foi relativamente curto, e a build claramente não era a de “lançamento”, espero que os inimigos tenham mais reações ou ao menos um indicador mais visível de quando você causou um dano crítico.

E ouso dizer que essa é a crítica mais “fervorosa” que tenho acerca de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”; até a meta progressão – que tende a ser o meu arqui-inimigo – é transformada em algo prazeroso.

Quando você volta para a vila e reassume o papel de Towa, as instalações tipicamente usadas para melhorar os seus guardiões têm algum tipo de “diferencial”.

Você pode, por exemplo, melhorar as suas espadas no ferreiro, mas ao invés de apenas entregar os materiais obtidos na run, é possível criar uma espada personalizada e o design dela vai definir a quantidade de dano de corte, perfuração ou até a durabilidade. Os materiais também influenciam na potência da espada e mini games onde você controla Towa durante o processo de criação te dão chances ainda maiores de criar a espada “perfeita”.

Towa
Essa espada vai funcionar perfeitamente, confia. Ela não está torta, ela está “otimizada” para ser um bumerangue. Você não pegou a visão, simples assim.

Claro que, com as poucas horas de jogo, sequer tinha os materiais necessários para fazer mais de uma espada. Ao menos dei gostosas gargalhadas ao entortá-la e entregar na mão de Rekka. Até agora imagino a cara do personagem olhando para Towa e pensando “Towa, sério mesmo que você espere que eu vença Magatsu com isso?!”.

Isso é apenas um mero exemplo do que pode ser feito para melhorar os seus guardiões. Há um mini game de pesca que te dá acesso a relíquias únicas ou itens exclusivos que podem empoderar ainda mais os seus guardiões. Um sistema de esferas permite modificar o potencial de dano ou algumas habilidades de seus guardiões, isso sem contar na própria progressão de níveis que libera variantes dos ataques.

Quanto mais escrevo sobre as minhas impressões iniciais de “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”, mais vontade eu tenho de voltar a jogá-lo. Quero revisitar as belíssimas paisagens e ambientes que a Brownies inc criou, descobrir quais chefões me esperam, ver que rumo a história vai tomar, e finalmente derrotar Magatsu.

Posso ser ousado em dizer isso, mas se há um roguelite que você deve prestar muitíssima atenção ao lado de “Hades II”, este roguelite se chama “Towa and the Guardians of the Sacred Tree”.

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Tags: açãopreviewprimeiras impressõesrogueliterpgTowaTowa and the Guardians of the Sacred Tree
Lucas Moura

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Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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