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Primeiras Impressões – Rune 2

Lucas Moura por Lucas Moura
13 de novembro de 2019
em Primeiras impressões
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Rune 2

Explorar sequências de jogos lançados há 19 anos sempre é uma proposta arriscada. Rune 2 (Epic Games Store) não é um Resident Evil 2 Remake. O projeto da Human Head Studios e da Capcom não poderiam ser mais distintivos. A Capcom tentou manter a sensação de terror e tensão viva, enquanto Rune 2… bem… É peculiar.

Quando eu vi o anúncio de uma possível sequência para Rune – antes chamada Rune: Ragnarok – me vieram as incríveis lembranças do seu componente multiplayer, mas também as horríveis memórias da campainha single-player. O projeto desde então mudou muito e agora se apoia bastante em um componente online. Foi só ler essa frase que a minha testa franziu.

Eu entendo apelo de jogos online, todos querem fazer o seu próprio “Games as a Service”, e muitos tem quebrado a cara. Vide o recente desastre de Ghost Recon: Breakpoint e de The Division 2, dois carros-chefe da Ubisoft que além de serem mecanicamente fracos, não atingiram as sonhadas metas de venda da desenvolvedora francesa. Rune 2 não aparenta ter os mesmos traços de início, ele permite ser jogado em modo offline – ou melhor, local – e não requer o investimento que eu imaginava.

Afinal, quando eu leio “jogos online” ou “games as a service” acoplado com mecânicas de sobrevivência, minha mente vai para títulos como ARK: Survival Evolved e Conan Exiles. Horas perdidas para construir uma casa, progredir em troca de recompensas medíocres. Um estilo que eu abandonei, e continuarei a abandonar por um bom tempo.

Rune 2
Sim, você pode jogar esse machado imenso na cara do seu oponente.

Todavia, o que ocorre com Rune 2 vai mais fundo do que questão se é um “live-service” ou se é um survival. Ele sofre de uma pequena crise de identidade. Em seu núcleo, ele é a sequência de Rune que eu esperei por tantos anos, mas com uma camada de tinta – ou melhor, uma casa inteira – nova.

Eu adentrei o mundo de Rune 2 com essa mentalidade de que seria mais um live-service que decepcionaria, e as primeiras horas causaram uma péssima impressão. Fui jogado em uma ilha aleatória que não tinha o menor interesse em definir qual era o seu propósito ou como ela se interligava com a história de seu antecessor – apesar de a sequência tentar usar a narrativa onde Loki conseguiu criar o Ragnarok como o principal motivador para prosseguir.

Minha primeira tarefa? Construir uma casa para armazenar materiais. “Ah não, tudo menos isso.” Por incrível que pareça, essa foi a parte menos dolorosa de jogar Rune 2.

A coleta de materiais faz parte do loop de gameplay de Rune 2 do mesmo jeito que fazem parte de The Legend of Zelda: Breath of the Wild; são sistemas secundários que auxiliam a progressão. Tais materiais servem o único propósito de construir equipamentos mais poderosos ou alimentos que te ajudam na jornada.

Rune 2

Aliás, ele é tão simplório que o tempo que demorei para obter material suficiente para construir uma casa não chega nem perto das horríveis horas de ARK e derivados. Você não tem noção do alívio que eu senti quando em menos de meia hora eu já tinha a maioria dos mantimentos para avançar, nem que fosse um pouco, na história.

Sentindo que eu já tinha criado um “lar seguro”, comecei a me aventurar pelas ilhas. O que encontrei foram resquícios de um mundo que em algum ponto fez sentido no desenvolvimento, mas cuja versão final tinha dificuldades de não passar a impressão de que era uma zona para você coletar recursos e artefatos. Esses artefatos são o arroz e feijão de Rune 2. Obtenha um e leve para a Bifrost e você poderá enfrentar Loki.

Ao final da minha primeira hora de jogo eu já tinha obtido o que parecia ser o objetivo final de Rune 2, entregar o artefato e enfrentar Loki. Fiquei confuso com tal proposta; como assim um jogo desse porte ser tão curto? Adentrei o reino de Loki, fui caçoado por ele e levado de volta a Midgard. A era mudou, novos inimigos apareceram e o mapa se reinventou.

Esse, meus caros e minhas caras, é o verdadeiro loop de Rune 2: sobreviver a essas malditas eras. O que eu tinha visto até então sequer arranhava a superfície do que esse jogo oferece.

Rune 2
A era do fogo não deixa as coisas nem um pouco fáceis para você.

Cada era em Rune 2 cria uma série de novos desafios e efeitos climáticos. A era da traição causa um aumento na quantidade de inimigos. As ilhas que até então eram vazias se tornaram armadilhas traiçoeiras. Perdi a conta de quantas vezes que voltei para a minha casa na esperança de consertar as minhas armas e cozinhar algo para me manter vivo.

Mas até então a minha era favorita é a do fogo. Além dos inimigos, bolas de fogo caem dos céus, os inimigos ficam ainda mais poderosos e o desespero toma conta de qualquer um na tentativa de chegar ao barco e entregar mais artefatos.

Estou longe de derrotar Loki, e não é por falta de tentativa. Sobrevivi a todas as eras, mas meu equipamento e minhas habilidades não estavam preparados para os desafios.

É nesse ponto onde Rune 2começa a demonstrar as suas raízes de ser uma experiência online. Vencer Loki vai necessitar cooperação entre os jogadores e muita, mas muita paciência. Mas o que eu estou realmente animado é para o modo deathmatch.

Rune 2

Minhas favoritas memórias de Rune 2 estão intimamente ligadas ao caos e a insanidade que era o seu multiplayer. Jogar espadas nos seus oponentes ou usar pedaços de seus corpos como armas e vê-los serem decapitados da maneira mais exagerada possível. Esse conceito se mantém presente até mesmo no modo solo.

Para quem está acostumado a jogos como For Honor ou outros que dão prioridade a animação, jogar Rune 2 vai ser um pouco estranho de início. O combate dele é bastante enraizado no mesmo estilo de eras como Jedi Academy. Quer fazer manobras absurdas, pular para trás e desviar dos golpes do seu oponente? Você está livre para fazer isso! Um estilo de combate que eu senti muita falta desde Jedi Academy

Mas é claro que nem tudo são flores – ou no caso de Rune 2, neve – mesmo que as ilhas alterem o conteúdo delas, as horas adicionais que gastei nele começaram a trazer um sentimento de mesmice. Aquele que você sente quando você desliga o cérebro só para prosseguir até o próximo objetivo, completar um desafio determinado pelo jogo. Um design que tenho tentado fugir como o diabo foge da cruz.

Creio que as coisas vão melhorar assim que eu adentrar o universo PVP, entrar em combate com outros jogadores e lutar para ver quem entrega os artefatos antes do tempo.

Ainda tenho as minhas dúvidas se Rune 2 é realmente o que a comunidade desejava depois de tantos anos de espera. Mas, como apontei no início do artigo – a comunidade muda e a própria desenvolvedora muda – e eu estou mais do que disposto a dar uma grande chance a nova empreitada da Human Head Studios.

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Tags: ação em terceira pessoacoop onlineRune 2
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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