Quando eu ouvi falar de “Skopje ‘83”, o inicialmente ignorei por parecer mais um “clone” de “Borderlands” onde loot é a principal preocupação. Algumas horas depois com o projeto da Dark-1, à venda por R$46,99, e eu assumo que estava terrivelmente equivocado.
Na superfície, ainda mais em termos visuais, “Skopje ‘83” se assemelha ao projeto da Gearbox Software, mas as diferenças param aí. A Dark-1 segue um caminho muito mais “roguelite”. Você toma o controle de um ônibus chamado DOM – que atua como a sua base ambulante. É com ela que você navega pela cidade, mas também dorme e cria novos equipamentos — de armas, granadas a modificadores.
A Dark-1 faz um ótimo trabalho em integrar narrativa com a cidade, sempre te guiando para o próximo objetivo, mas te dando liberdade suficiente para você explorar a cidade e encontrar uma boa quantidade de loot. Ou, no meu caso, morrer de forma ridícula para um grupo de inimigos. O que acontece com o equipamento quando você morre? Pois bem, diga adeus a eles. Você só retém o que está dentro do DOM, e se você não guardou nada lá, bem, é hora de correr atrás e reconstruir o seu arsenal.
Antes que você se pergunte “Mas isso não é entediante?” Aí é que está o pulo do gato de “Skopje ‘83”, a cidade muda o seu layout toda vez que você morre ou dorme. Casas mudam de lugar, estruturas que anteriormente não tinham propósito algum ganham vida, e novos tipos de inimigos surgem para te atormentar.
Do que eu joguei até então, eu prefiro muito mais o estilo que a Dark-1 utilizou a um monótono sistema de metaprogressão onde você “magicamente” retém parte do seu equipamento ao morrer. Ele pode não atrair aqueles que estão mais acostumados com roguelites “modernos”, mas cai muito bem no meu gosto.
Outro triunfo da desenvolvedora que não pode ser ignorado é a capacidade de alternar entre momentos de tensão e comédia. O diálogo entre os pouquíssimos personagens – ao menos os que eu encontrei – é excelente.
Imagine acordar em uma cidade tomada por monstros e há toda uma confusão de quem foi o causador disso, e ao invés deles trabalharem em conjunto, começam a apontar o dedo um para o outro acusando de ser o “mandante”. Enquanto isso, lá estava eu fugindo de monstros pois tinha poucos pontos de vida e só queria chegar na segurança do meu ônibus.
Ainda sinto que tenho muito a descobrir em “Skopje ‘83”, e ele já foi para o topo da minha lista de prioridades. Ele ganha pontos bônus comigo por ter suporte a modo coop, mas funcionar muitíssimo bem para jogadores solo como eu.
Se você está em cima do muro, recomendo e muito testar a demo que está disponível via Steam.
Veja o trailer de lançamento e mais imagens do game abaixo:





