Acompanhar a evolução da Tokyo RPG Factory de uma perspectiva de design tem sido um projeto interessante. Os seus dois primeiros jogos tentaram voltar para uma “era de ouro” dos RPGs ocidentais – muitas vezes sem sucesso. Agora com Oninaki a desenvolvedora tenta recapturar esse espírito, mas também adicionar mais toques pessoais e ideias mais “modernas”.
Com maior ênfase no combate, ele conta a história dos “Watchers”, pessoas capazes de falar com almas perdidas e ajudarem elas a serem guiadas para a reencarnação. Você joga com Kagachi, um desses watchers que, durante uma das missões encontra uma amiga de infância – Linne – e de acordo com a RPG Factory, altera o que ele entende sobre o que é ser um watcher.
Sim, a história não aparenta ser lá essas coisas – o que já esperava – meu principal ponto de curiosidade fica para o sistema de combate em tempo real, onde você pode usar múltiplas habilidades e quatro demônios como seus “companheiros”. Cada um deles focado em um estilo de luta – mais defensivo, voltado para dano e magias, etc. Em tese isso dá mais maleabilidade para desenvolver confrontos desafiadores, ao ponto de a Tokyo RPG Factory adicionar um modo separado onde você luta contra hordas de inimigos.
Do que eu joguei da versão demo (as primeiras horas do jogo), Oninaki aparenta ser bem competente nesse aspecto, mas também não solta a mão do estilo “clássico” que serve como base para a Tokyo RPG Factory. Não há, por exemplo, como cancelar animações durante ataques ou sequer um sistema de combos com certa complexidade. Resta saber se a versão final faz uso desses demônios e a variedade de habilidades de um jeito mais complexo.
Oninaki sai a partir de R$159,99 no PC, PlayStation 4 e Nintendo Switch.