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Análise – Tales of Old: Dominus

Lucas Moura por Lucas Moura
16 de dezembro de 2025
em Uncategorized
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Tales of Old: Dominus

Uma história de vingança, um vilarejo em chamas, uma irmã possivelmente sequestrada por bandidos. “Tales of Old: Dominus” (Steam) começa com o pé direito no que diz respeito a trama – mesmo que ela seja um pouco batida a esta altura. Mas eu estava disposto a deixar de lado. O projeto da Hvmana Industries foi feito por uma única pessoa ao longo de três anos. É terrivelmente ambicioso, com os mais variados tipos de mecânicas ao ponto de me assustar com a quantidade delas. Mas, quantidade equivale qualidade? Nem sempre, e no caso do game, é ainda mais complicado.

Ambientado em um país devastado por uma guerra civil — A “Batalha das Noivas” — que causou uma verdadeira fragmentação do reino. Os rebeldes são massacrados, sua aldeia é completamente destruída e você é um dos poucos sobreviventes: Eric van Woldham.

À medida que a história progride você estabelece seu próprio exército rebelde. De início, você tem apenas um com um acampamento na floresta, mas logo conquista e controla várias aldeias, cidades e fortalezas. O jogo também tem elementos de sobrevivência: você precisa se preocupar com fome, hidratação e até mesmo calor.

Tales of Old: Dominus

Soa intrigante, não é mesmo? Pois é. Até que eu iniciei a campanha e vi o meu personagem ser praticamente teleportado para o vilarejo em chamas quase como ele caísse do céu. “Algo não está certo”, pensei. Não havia uma cinemática introdutória, muito menos uma que estabelecesse a “Batalhas das Noivas” que descrevi acima. “Será que eu sem querer apertei um botão que eu não devia?”. Não, é assim mesmo que “Tales of Old: Dominus” inicia, te jogando direto na fogueira. Eu teria ficado mais empolgado para este começo se, bem, eu não tivesse encontrado uma série de bugs já no vilarejo inicial.

“Tales of Old: Dominus” segue o estilo “vamos segurar a sua mão até para as ações mais básicas”, o que não é algo que me agrada muito hoje em dia, mas entendo a necessidade. Waypoints indicavam que eu precisava investigar uma casa em chamas, e prontamente fui até ela e… nada aconteceu.

Dei a volta pelo vilarejo mais algumas vezes para me certificar de que eu não tinha deixado nada passar, e eu estava preso sem ter o que fazer. Toda vez que tentava sair dele, o personagem falava: “Eu preciso achar a minha irmã!”. Decidi reiniciar o jogo e só assim a quest progrediu com uma cinemática. Essa não seria a primeira, muito menos a última vez que teria que fazer isso para “Tales of Old: Dominus”.

Dizer que o jogo precisava de um pouco de mais tempo de desenvolvimento, ou até mesmo uma equipe de QA grande e experiente, é ser bastante modesto. O bug que me impediu de avançar na quest inicial foi um dos menores que eu encontrei. Mal eu sabia o que estava por vir.

Quando você não está conversando com outros personagens em “Tales of Old: Dominus”, é provável que você vá passar uma boa parte do tempo em combate ou coletando materiais.

À primeira vista, o combate aparenta ser divertido e competente. Dá para notar o quanto a Hvmana Industries investiu para que o protagonista possuísse diversos tipos de ataques. O combate “Tales of Old: Dominus” me lembra um híbrido de “Chivalry 2” em terceira pessoa, com pitadas de “Kingdom Come: Deliverance”, e “Mount & Blade. Cada tipo de armamento funciona de uma forma específica e tem pelo menos três tipos de ataques.

Outra vez, é uma ideia que funciona muito bem no papel, mas falha na prática. A maioria dos inimigos pode ser despachado para o além com um ou dois golpes, e eles raramente apresentam uma ameaça. Isso quando eles não ficam presos no cenário ou simplesmente perdem a noção da posição do jogador. Em dado momento vi um deles dando voltas em mim tentando me atacar. A única coisa que eu conseguia pensar era “Colega, o que você está fazendo?”.

O que azeda ainda mais é que o combate carece peso. A falta de impacto das armas é perceptível e alguns chefes são simplesmente fortes demais para o “realismo” que “Tales of Old: Dominus” tenta passar. De início imaginei que essa era uma bela desculpa para explorar a árvore de habilidades do personagem (uma adição que até agora me deixa confusa para um jogo tão sedimentado em ser realista), mas não, cada batalha parecia que durava horas e mais horas – mesmo eu sabendo que eram só questões de minutos.

Acabou que eu preferi seguir pela rota mais “furtiva”, com um arco e flecha na minha mão e eliminando os inimigos à distância. Ao menos isso funcionava, a IA não era competente o suficiente para me ver nem se eu ficasse ao lado deles.

Esses problemas só continuam a aparecer quanto mais eu me aprofundava na história e nas novas áreas de “Tales of Old: Dominus”. Pegue, por exemplo, o sistema de construção. Antes de você ter uma casa, é necessário construir camas improvisadas para dormir. Eu perdi a conta da quantidade de vezes que tive que ou reiniciar o jogo, ou tentar outro local para construção pois a área que eu selecionava não me permitia construir uma cama – mesmo que o jogo indicasse que isso era possível.

A construção de casas e outras edificações de maior porte, pior ainda. Materiais que supostamente eu tinha de sobra no meu inventário não eram contados, tive que jogá-los no chão e pegá-los novamente. Um exercício em frustração sem tamanho.

Mais uma vez, a ideia por trás de criar um grupo de resistência e travar batalhas até resgatar a sua irmã soa como uma ideia ótima. Mas bugs atrapalham tanto, mas tanto que eu tive que me forçar a terminar o game.

Em dado ponto você pode até controlar um pequeno exército no melhor estilo “RTS”, mas na maioria das vezes as tropas não seguiam as ordens. Ou, se seguiam, iam no sentido contrário.

De todos os jogos que eu joguei em 2025, “Tales of Old: Dominus” é o que mais parece confuso com o que quer ser e também o que traz mais a sensação de inacabado. Não nego que a Hvmana Industries vem trabalhando recebido patches regulares que tornam o jogo mais estável. Bugs e falhas estão sendo eliminados aos poucos. Tenho quase certeza de que isso deve continuar pelos próximos meses.

Mas, nem tudo de “Tales of Old:  Dominus” é um desastre. Um dos meus pontos favoritos é a sua trilha sonora. Sombria e que reforça o clima de opressão. Os visuais – carregados em grande parte pela Unreal Engine 5 – também não fazem feio, ao menos no que diz respeito a vegetação e a iluminação de vários cenários.

Uma pena que esse mesmo cuidado não foi dado aos personagens, que muitas vezes aparecem mal iluminados e com expressões faciais no mínimo duvidosas, como se as bocas se movimentassem de forma independente.

 Sinceramente eu ainda fico surpreso pelo fato que eu consegui “engolir” tantos dos problemas de “Tales of Old: Dominus” para ver até a sequência final. E, se a história é “batida”, o desenrolar da mesma é igualmente decepcionante.

Eu aprecio, até admiro a ambição da Hvmana Industries, mas em um ano tão recheado de lançamentos impactantes, “Tales of Old: Dominus” é praticamente uma nota de rodapé. Se fosse um jogo em acesso antecipado, eu até daria uma segunda chance a ele — talvez eu dê daqui há alguns meses, mas na sua atual conjuntura, eu recomendo passarem longe.

Tales of Old - Dominus

Total - 3

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“Tales of Old: Dominus” é um projeto ambicioso de um desenvolvedor solo, e, por mais que ele tenha sido desenvolvido ao longo de três anos, os diversos problemas que vi — tanto em termos narrativos quanto na quantidade de bugs, falhas na IA — mostra que ele deveria ter sido disponibilizado no mínimo em acesso antecipado. Em um ano tão recheado de lançamentos, esse você pode deixar passar em branco.

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Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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