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Análise – Kingdom

Lucas Moura por Lucas Moura
21 de outubro de 2015
em Análises
0

Ainda bem que não comando um reino, senão ele estaria perdido, ao menos foi o que aprendi com a minha experiência em Kingdom, um jogo de estratégia e gerenciamento desenvolvido pela Nico / Licorice. Ele está a venda no Steam e Nuuvem por R$ 19,99.

Não deixe que a estética simpática e a música bonitinha o enganem. Kingdom é um jogo brutal e que não perdoa erros. Você assume o controle de um rei, no topo de seu cavalo, deve recrutar soldados, construir edificações, fortificações e defender o seu reino de invasões.

A interface é extremamente minimalista. Munido de sua sacola de moedas de ouro, pressione a seta para baixo para deixar uma cair no chão – usado para recrutar pessoas – ou mantenha-a pressionada para investir na construção ou melhoria de uma edificação. Com a exceção dos menus de opções, não há um outro item de interface que precisa de uma interação. É simples, direto e funciona.

É fácil pensar que com isso os dias enquanto constrói a sua pequena cidade serão fáceis. Lamento informa-lo, é muito longe disso. Kingdom não segura a mão do jogador, ele o solta no mundo e espera que aprenda tudo sozinho.

Nos primeiros dias, tratei de recrutar alguns arqueiros para caçar animais – umas das fontes de renda de Kingdom – assim como construtores para erguer defesas e cortar árvores. Tudo caminhava bem até o começo da primeira noite, quando ouvi alguns barulhos estranhos vindo dos arredores do meu vilarejo. Eram inimigos que tentavam destruir a minha pequena muralha de madeira. “Ao combate! ”, pensei. Procurei alguma maneira de enviar tropas para derrota-los, apenas para descobrir que o Rei é mais um espectador do combate do que uma unidade ativa. Os arqueiros atacam no momento que avistam o inimigo, mas no tempo e ritmo que eles decidirem. Segundos depois de perceber meu terrível erro, tive a minha coroa roubada por um dos pequenos monstrinhos, o que levava ao fim da minha primeira jornada.

Kingdom

Do meu reino, aquele que construí com tanto trabalho, não restou nada. Derrota significa ter de recomeçar do zero, o permadeath é cruel e não abre exceções. Agora mais ciente dos erros, optei por recrutar o máximo de soldados possíveis, apenas para bater em uma segunda barreira, não tinha moedas de ouro suficiente para armá-los com arcos e flechas.

Kindgom mostra com maestria a ideia de risco X recompensa ao jogador. Deveria explorar fora das bordas do reino, quem sabe encontrar um mercador que abastecesse minha cidade com mais armas? Seria melhor aguardar até o próximo dia? Ou quem sabe deveria investir uma das estátuas que oferecem bônus temporários no ataque e velocidade de disparo dos arqueiros? Decisões que devem ser feitas em instantes e que repercutirão no futuro do seu reino.

Ainda que ele não segure a mão do jogador, o processo de aprendizado de cada nuance não é tão punitivo como imaginava. Kingdom oferece pequenas dicas ao longo da partida que facilitam a compreensão. Uma delas, por exemplo, é a trilha sonora. Em dias onde uma grande invasão está para acontecer, a música assume uma forma mais sombria, a lua fica vermelha. É a certeza que algo terrível ia ocorrer. E sempre, sempre ocorria.

Na primeira invasão, estava seguro que meu reino ia durar pelo menos mais dez dias sem problemas. Minhas defesas estavam reforçadas, o bolso cheio de dinheiro, arqueiros patrulhavam as bordas e até catapultas estavam posicionadas. Nada havia me preparado para a quantidade de monstros, inclusive voadores, que praticamente aniquilaram todas as defesas em um minuto.

Não tardou para que os momentos de calma começassem a virar momentos de tensão na minha cabeça. Aquelas horas onde me sentia seguro dentro do meu reino, passava galopando de um lado para o outro para verificar se tudo estava como nos conformes. Crescentemente o meu medo do cair da noite aumentava. Seria essa vez que eles me derrotariam? Esperava sempre que não.

Kingdom

Chegado nos estágios avançados, meu reino já tomava conta de boa parte do mapa, o que torna jogá-lo mais cansativo do que deveria. É um jogo em 2D, portanto você tem de ir de um lado para o outro constantemente para completar as tarefas do dia. Quanto maior o reino, mais cansativo isso se torna. O seu cavalo parece não aguentar meia hora galopando, agora imagine ter de fazer isso por quase metade do dia já que a torre de defesa está posicionada no outro lado do mapa.

A posição das edificações foi outra área que causou dores de cabeça desnecessárias. O local que torres, fazendas ou barreiras que podem ser construídas são geradas aleatoriamente; acabava que alguns dias perdia não por deixar uma informação importante escapar, mas por meu reino não estar propriamente defendido. Um teste de habilidade acaba por se tornar um teste de sorte, uma torcida constante que na próxima vez que o jogo gerar o seu reino, você tenha uma chance em sobreviver.

Em meio a um montante de palavrões, xingamentos, socos na mesa ao ver meu reino em ruínas pela milésima vez, gostei do meu tempo com Kingdom. Sofre com problemas a partir da metade do jogo, mas ainda é um interessante experimento em criar momentos de tensão, recompensa e impulsionar o jogador a aprender coisas por si mesmo. Pego a minha coroa mais uma vez, se é essa a que serei vitorioso ou não, não importa. Sei que darei o meu melhor e ficarei feliz assim.

A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Raw Fury 

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Tags: estratégiaKingdomRawfury Games
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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