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Análise – Hearts of Iron IV: Together for Victory

Lucas Moura por Lucas Moura
15 de dezembro de 2016
em Análises, Slider
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O que acontece quando um país menor é arrastado para uma guerra de proporções gigantescas? Sob qual situação ele vai perdurar o conflito? Together for Victory, a primeira expansão de Hearts of Iron IV, traz algumas questões interessantes sobre o assunto. Ele está disponível no Steam ou na loja da Paradox por R$ 27,99.

Desde o lançamento, Hearts of Iron IV trilha o caminho de tentar desviar-se da história dos grandes poderes que lutaram durante a segunda guerra mundial para se focar em aspectos menores. Entretanto, apesar do sistema estar presente com o National Focus, era apenas um esqueleto. Together for Victory começa a nos trazer — ao menos de maneira oficial —, o quão maleável pode ser.

Cada país do Commonwealth tem uma série de problemas a serem resolvidos e uma fina camada que os protegem da completa aniquilação durante a guerra. A Austrália sofre de falta de mão de obra, recrutas e uma péssima infraestrutura na região central, enquanto a Nova Zelândia conta com tropas especializadas, mas que não adicionam grandes números ao combate. O mais peculiar de todos, entretanto, fica para a Índia Britânica. Junto com a África do Sul (posteriormente nos anos 90), foram os que mais “sofreram” com o processo de descolonização.

Iniciar uma partida com a Índia Britânica significa lutar contra a de falta de alimentos, uma união nacional fraca e um exército sucateado. Ou seja, basicamente qualquer colônia nos últimos 100 anos.

O que os torna diferente nos meus olhos são as escolhas que o acompanham. Deveria eu apoiar uma campanha de unificação e, consequentemente, separação da Índia prestes a entrar na segunda guerra mundial ou ficar na minha para evitar dores de cabeça? Vamos pela primeira rota, por que não?

Entra então o novo sistema de autonomia. O jogador precisa completar uma série de requisitos para poder se tornar autônomo ou buscar o apoio de outros países para se livrar da opressão de seu colonizador. No caso da Índia, modifiquei o meu governo para ganhar “pontos de autonomia” diários e segui uma linha que faria com que a população tivesse o desejo de se separar do Reino Unido.

Eu, na tentativa de ser esperto, fui buscar ajuda com a união soviética. Após quase um ano de preparações e alterações na formação do meu gabinete, iniciei o National Focus que executaria o evento. Passado um mês, recebi a maravilhosa carta que “apesar do meu interesse, a União Soviética não podia me ajudar”. Lá estava eu, com uma Índia prestes a se dividir em duas em 1939 e uma Alemanha em pleno vapor.

Together for Victory

São nestes singelos momentos, onde tudo está prestes a explodir, que Hearts of Iron IV se destaca perante outros jogos. Em que outra situação eu poderia ver uma Índia comunista entrar em conflito com o Reino Unido, que está apoiado pela França, Estados Unidos?

Ironicamente, após a guerra começar tanto a União Soviética quanto a China começaram a enviar soldados e equipamento. O último, por meio das mudanças no sistema de lend-lease que garantiram que eu aguentasse o confronto por mais alguns anos.

Mas, o equilíbrio de Hearts of Iron IV dá-se sobre uma folha de papel. A sensação de maravilha cai por água abaixo no momento que o primeiro tiro é disparado e a inteligência artificial começa a tomar decisões duvidosas.

Se por um lado a inteligência artificial está vastamente superior quando o assunto é defender os seus territórios, ela continua uma completa porta quando vem à sua ajuda. Das tropas enviadas pela União Soviética, apenas uma fez algo que prestasse. E por algo que prestasse eu digo entrar no combate. As outras? Eu sei lá, ficaram paradas no mapa sem explicação. Não é especialmente útil quando uma expansão adiciona uma nova opção ao Battle Plan, o Spearhead.

Em teoria eu teria um maior controle sobre como o meu exército iria atacar o inimigo e cortá-lo de recursos ou prejudicar na infraestrutura. Quem dera fosse verdade, uma hora de jogo depois eu preferi micro gerenciar as unidades. Caso não optasse, teria perdido mais equipamento e atrito por conta de uma província. Bom, ao menos eu tinha um log de combate para acompanhar o quão péssimas eram as decisões dos meus soldados, não é mesmo?

Together For Victory sofre dos mesmos descuidos que o Leviathan Story Pack para Stellaris, onde a Paradox se apressa para lançar conteúdo antes de resolver os problemas pendentes. Por mais que eu tente me empolgar com as novas árvores de National Focus ou a possibilidade de criar novos caminhos históricos, ou gerenciar os países subjugados, eu sei que vou ter que lidar com uma IA que não sabe o que quer da vida.

Problemas como os mencionados são “aceitáveis”, ainda mais vindo da Paradox, quando um lançamento desta magnitude ocorre. O problema é estar seis meses após o lançamento na mesma tecla. Melhorias apareceram? Claro, mas muito longe do mesmo cuidado que Europa Universalis ou até mesmo Crusader Kings 2 receberam este ano. O que me faz questionar, para quem, exatamente é Hearts of Iron IV?

Hearts of Iron IV se torna menos um jogo de estratégia e mais um “se tudo der certo, tal coisa acontece”. É o eterno esperar para que a última peça do quebra-cabeça caia no local certo. Variáveis obtusas colaboram para que ele seja frustrante e cansativo. Não é com uma expansão que só adiciona mais peso a um barco já repleto de furos que ele vai se salvar. Que 2017 não tenhamos que aguentar coisas como Together for Victory, pois as pisadas de bola da Paradox começam a aumentar.

Hearts of Iron IV: Together for Victory

Total - 5.5

5.5

A inclusão das novas Focus Trees para países do Commonwealth dá nova vida a Hearts of Iron IV, mas apenas momentaneamente. Logo você se vê a frente dos mesmos problemas que perduram meses e uma IA que ainda está muito longe de ser sequer competente.

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Tags: análiseestratégiaHearts of Iron IVparadox
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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