• Notícias
  • Análises
  • Primeiras impressões
  • Artigos
  • Assine a nossa Newsletter!
  • Apoie-nos!
  • Contato
quarta-feira, junho 11, 2025
Hu3br
Sem resultados
Ver todos os resultados
Sem resultados
Ver todos os resultados
Hu3br
Sem resultados
Ver todos os resultados

Análise – Gundam SEED Battle Destiny Remastered

Lucas Moura por Lucas Moura
2 de junho de 2025
em Análises
0

Leitores mais afincos do site sabem que eu não sou o maior fã de remasterizações. Especialmente aquelas remasterizações que tentam “invalidar” o trabalho original. A grande exceção de 2025 vem sendo a Bandai Namco e seus ports de títulos do PlayStation VITA, começando com “Freedom Wars Remastered” e agora com “Gundam SEED Battle Destiny Remastered” (Steam / Nintendo Switch)

“Battle Destiny” é um título ainda mais especial para mim. Lançado originalmente em 2012 para o VITA, ele nunca tinha dado as caras no ocidente. E, em uma tacada só a Forge Digital (divisão que também cuida de Gundam Battle Operation) o localiza em inglês e traz uma saudosa viagem ao passado dos jogos de Gundam.

Battle Destiny reconta as duas séries principais, SEED e SEED DESTINY, — ambientada entre os anos CE71 e CE73, com o pontapé inicial sendo o incidente “Blooy Valentine”. Você cria um piloto, decide se ele é um Natural ou um Coordenador e escolhe um lado nas duas guerras que rolam nas duas séries: ZAFT ou a Aliança Terrestre. Em momentos específicos, você poderá desertar da sua lealdade atual para se juntar a algumas das facções dissidentes.

Se o parágrafo acima deu um nó na sua cabeça e você se pergunta quem são ZAFT ou a Aliança Terrestre, “Gundam SEED Battle Destiny” não vai ser o melhor ponto de partida. O jogo foi feito com um tipo de jogador em mente: aquele que devorou Gundam SEED e lembra de todos os personagens, momentos marcantes e reviravoltas da série. Eu, infelizmente, não sou um deles. Faz anos que eu vi SEED e, infelizmente, não tive tempo de revê-lo para essa matéria.

GUNDAM SEED BATTLE DESTINY REMASTERED

A estrutura mostra claramente as origens “portátil” do jogo. Os briefings são curtos e a maioria do diálogo ocorre durante as missões. É notável o esforço da Forge Digital em tentar “replicar” os eventos mais impactantes da série na versão original do VITA, mas a ênfase em criar um piloto e não ter controle – ao menos não direto – de um dos personagens centrais da trama dá uma sensação de que você é um mero observador.

Embora eu saiba que isso possa soar frustrante para quem ama “Gundam SEED”, não me incomodou tanto. O motivo de eu jogá-lo — assim como tantos outros jogos da série Gundam — é a sua jogabilidade e a possibilidade de ter o controle dos mais diferentes Mobile Suits. Não é à toa que a franquia “Gundam Breaker” é uma das minhas favoritas.

Mas, se você espera começar “Gundam SEED Battle Destiny Remastered” com um dos Mobile Suits icônicos, é melhor você se sentar e esperar. As horas iniciais vão te colocar no controle de Mobile Suits mais fracos tanto em mobilidade quanto em poder de fogo. Em contrapartida, você vai poder ressuscitar mais vezes durante as batalhas. Já um Mobile Suit potente te dá apenas uma ou duas chances caso o perca.

E mesmo quando eu peguei um Mobile Suit poderoso, “Gundam SEED Battle Destiny” mostra outra vez as suas raízes. Não necessariamente a de um jogo para o PlayStation VITA, mas uma movimentação e combate remanescente da era PlayStation 2.

Os jogos da série Gundam podem até um pouco mais de notoriedade por conta dos spin-offs como “Super Robot Wars” ou a série “SD Gundam G Generation Genesis” para PlayStation 4 e outros títulos que agora estão chegando traduzidos no ocidente. Todavia, o estilo de movimentação e combate dos Mobile Suits tomou um rumo mais “frenético” por assim dizer desde “Gundam Versus”, o jogo de luta publicado em 2017 para PlayStation 4.

As unidades se movimentam mais rápido, combos são essenciais para garantir a vitória. E não digo só de “Gundam Versus” e sua natureza de ser um jogo de luta. Isto também se aplica a “SD Gundam Battle Alliance”, “Gundam Breaker 3” e a “Gundam Breaker 4”. Há uma pressão constante de que, se você não está fazendo algo, você vai perder a missão ou não vai obter a pontuação máxima. Eu terminava uma sessão de “Gundam Breaker 4” esgotado com a quantidade de combos, de efeitos, de intensidade na tela.

“Gundam SEED Battle Destiny” vai no caminho contrário. Até mesmo os Mobile Suits mais poderosos e icônicos – embora eu não tenha liberado todos – tem uma cadência de movimentação e ataque mais lento, chego a dizer que eles dão uma sensação de serem “travados”. O remaster melhora, e muito, os visuais, mas nunca a um ponto que ele vira “caótico” como os outros jogos que citei acima.

Ironicamente, ele me lembra de outro jogo que é um dos meus favoritos, “Gundam vs Zeta Gundam” de 2004. Eles podem não compartilhar a mesma linha do tempo ou similaridades acerca dos Mobile Suits, mas a jogabilidade? Ah, ela é deliciosa. Se muitos veem a nova leva de jogos como a “real” sensação de pilotar um Mobile Suit, eu dou muito mais preferência ao estilo tanto de “Gundam SEED Battle Destiny” e “Gundam vs Zeta Gundam”.

Pareado a isso vem a simplicidade das missões, outro resquício do jogo ter sido lançado originalmente para o VITA. Elas são bastante simples, com objetivos que se resumem a defender um ponto ou eliminar todas as forças inimigas. De tempos em tempos, você tem acesso missões especiais nas quais tem que cumprir um objetivo enquanto lida com vários pontos em um mapa de grande escala. É nesses momentos que “Gundam SEED Battle Destiny” consegue recriar o caos da guerra de forma eficaz — um feito que é particularmente alavancado por se tratar de uma conversão de um jogo do VITA. O que dá um “boom” de emoção é ver pilotos icônicos da série com seus Mobile Suits igualmente memoráveis entrarem na pancadaria, e às vezes você terá que mantê-los afastados enquanto se concentra em um objetivo específico.

Simplicidade, no entanto, não equivale a facilidade. Algumas missões são propositalmente cabeludas, daquelas que você vai bater a cabeça contra a parede inúmeras vezes até conseguir vencer ou completar os objetivos no tempo certo.

Eis que entra o pequeno, mas eficaz sistema de upgrades de “Gundam SEED Battle Destiny”. Você possui TP – usado para melhorar os seus Mobile Suits e suas respectivas armas – e GP, usado para qualquer mobile Suit. Quanto mais missões completadas, mais TP e GP obtidos. O jogo não chega a virar um grind para melhorar o seu Mobile Suit favorito que ele esteja potente o suficiente para vencer de uma missão, mas pode se preparar para ao menos repetir algumas das anteriores. Mas, dado o fato que a maioria delas podem ser concluídas em cerca de 10 a 20 minutos, isto sequer chegou a me incomodar.

Não me deixo de me questionar o porquê da curva de dificuldade tão peculiar de “Gundam SEED Battle Destiny”. Você começa com missões fáceis, depois avança para missões que são quase impossíveis de se passar e requer que você obtenha bastante TP. Há de imaginar que as próximas missões vão ser ainda mais difíceis, certo? Nada, eu consegui completar a maioria delas em uma vez só. E olha que as missões difíceis sequer são aquelas missões cruciais do anime!

A própria Bandai Namco apontou que o remaster de fato teve algumas mudanças para tornar mais fácil ajustar ou obter certos tipos de Mobile Suits, mas sinto que em alguns pontos a desenvolvedora foi longe demais. Um modo “hard” ou “expert” teria caído bem.

E, por mais que eu goste da movimentação e da jogabilidade mais lenta, a remasterização podia também ter ajustado alguns dos problemas mais proeminentes na franquia Gundam como um geral – o maldito sistema de “Lock On”. Você gosta de estar no combate e quando mudar o alvo, sem querer mirar em uma caixa ou em outro elemento do cenário? Não? Que pena, pois isso vai acontecer demais em “Gundam SEED Battle Destiny”. É frustrante nas missões difíceis. E, entre lutar contra dezenas de inimigos ou a câmera, eu escolho a primeira opção.

Outra lamentação minha é que, para uma remasterização, a ausência do modo online (Versus) contra outros jogadores é oportunidade perdida. Nem que fosse um módulo peer-to-peer ao invés de matchmaking via um servidor central. A quantidade de unidades desse jogo seria um prato cheio independentemente do quanto você conhece a série SEED.

E por falar em conhecer SEED, a Forge Digital bem que poderia ter se esforçado e adicionado um glossário ou ao menos um resumo mais competente acerca de todos os eventos que ocorrem entre missões, ou ao menos um resumo dos diálogos e eventos que ocorreram na missão. Seria um ótimo ponto de partida para quem quer conhecer Gundam SEED.

Mas, por todos os deslizes e mecânicas ausentes, “Gundam SEED Battle Destiny Remastered” é o que eu sempre quis de um jogo de “Gundam”. Um retorno a era PlayStation 2 com mecânicas refinadas, missões rápidas e conteúdo a dar e vender. Ainda estou longe de obter todos os Mobile Suits e prevejo jogá-lo por um bom tempo mais.

Às vezes, simplicidade vence.

Gundam SEED Battle Destiny Remastered

Total - 8

8

Não tem como esconder que “Gundam SEED Battle Destiny Remastered” foi lançado originalmente no PlayStation VITA. Isso é notável pelas suas missões curtas, e ausência de uma narrativa mais atraente. No entanto, a sua jogabilidade – refinada da era PlayStation 2 de “Gundam”, é uma das minhas favoritas. Junte ela com dezenas de Mobile Suits desbloqueáveis, e eu adorei jogá-lo. Só faltou um modo Versus online.

Compartilhe isso:

  • Bluesky
  • Mastodon
  • Facebook
  • Twitter
  • Threads
Tags: açãoanáliseGundamGundam SeedRemasteredReviewrpg
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

Sobre nós

Sejam indies, simuladores, títulos de estratégia, RPGs ou rogue-likes,  buscamos mostrar a variedade e a versatilidade que existe em games para PC. Entre em contato conosco pelo lucas@hu3br.com

Assine a nossa newsletter!

  • Apoie-nos!
  • Assine a nossa Newsletter!
  • Contato
  • Página Inicial
  • Posts

Sejam indies, simuladores, títulos de estratégia, RPGs ou rogue-likes, buscamos mostrar a variedade e a versatilidade que existe em games para PC. Entre em contato conosco pelo lucas@hu3br.com

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Notícias
  • Análises
  • Primeiras impressões
  • Artigos
  • Assine a nossa Newsletter!
  • Apoie-nos!
  • Contato

Sejam indies, simuladores, títulos de estratégia, RPGs ou rogue-likes, buscamos mostrar a variedade e a versatilidade que existe em games para PC. Entre em contato conosco pelo lucas@hu3br.com