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Análise – Dream

Lucas Moura por Lucas Moura
18 de agosto de 2015
em Análises
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Dream
 

Desde Dear Esther, é visível o “boom” de jogos onde explorar o cenário por trás de pistas, resolver quebra-cabeças em ambientes abstratos e ter uma história “profunda” aparecem a cada dia que passa no Steam. Dream é mais um deles e talvez tenha perdido a última chamada do trem para o sucesso. Ele está a venda no Steam por R$ 31,99.

Dream é basicamente o que o nome fala: a história de Howard Philips, que tem passado por alguns problemas na vida e como isso supostamente afeta os sonhos que tem a noite. Não é uma premissa a qual eu achei realmente interessante. Pegue Gone Home, por exemplo. Uma filha que chega em casa e não encontra sua família. Até mesmo The Vanishing of Ethan Carter, que de longe é um dos meus jogos menos preferidos desse “gênero” tinha uma premissa interessante. Não há nada que te faz se interessar pelos sonhos de Howard além do fato de eles serem bizarros.

O jogo começa com Philips após acordar de um cochilo na frente da TV. Você navega pelo cenário como qualquer jogo de exploração, apenas com a diferença que a interação é mais limitada. Desligar / ligar luzes, ver algumas revistas que estão na mesa de centro. Beleza com pouco conteúdo.

Ao deitar na cama, o jogador é levado para um “mundo dos sonhos”, onde navegará de área em área resolvendo quebra cabeças. Não posso deixar de citar a quão bonitas e variadas são as áreas. Desertos, áreas com neve, labirintos que parecem ter vindo de um quadro de M.C. Escher e planícies. Tudo isso acompanhado com uma belíssima trilha sonora feita por Norman Legies, que já trabalhou em games como Lethis Path of Progress.

Dream
Entendo que a natureza dos sonhos não é fazer sentido, mas as áreas que explorava eram claramente desconectadas de uma experiência geral. Como se cada fosse trabalhada individualmente e a desenvolvedora buscou a maneira mais preguiçosa de inseri-la no jogo. Mind: Path to Thalamus – outro jogo que busca na mente humana inspiração – conseguiu criar áreas surrealistas e ainda assim manter uma certa “temática” entre elas.

Sem estragar a surpresa, Philips não tem apenas sonhos, mas características de pesadelos tentam invadir os sonhos e se tornam mecânicas para desenvolver quebra cabeças. Um dos primeiros que você encontrará é um labirinto onde é perseguido por um monstro. Simples, porém, eficaz em criar momentos de tensão. Uma pena que essa boa impressão inicial vai embora rápido. Os quebra-cabeças em si são variados, mas solucioná-los não era tão divertido quanto esperava, parte porque o jogo não o dá incentivos para completa-los. Você não está preso a uma área até completar um quebra-cabeça. Há uma certa ordem, mas não é preciso segui-la a risco.

Fazer uma história condizente com uma estrutura não-linear não é uma tarefa fácil e Dream acaba por decepcionar nesse quesito. Com já pouco interesse em saber da história de Philips, a maneira a qual é apresentada faz menos sentido ainda. Nomes começaram a ser esquecidos, até chegar em um ponto onde eu olhava para a tela e me perguntava “quem era essa pessoa mesmo? ”. Acabou que o único elemento motivador de explorar os cenários era puramente a sua beleza.

Dream
Como se já não bastasse, a quantidade de bugs e problemas técnicos que tive ao longo das cinco ou seis horas que joguei seria grande demais para listar na análise. Várias vezes tive de reiniciar uma área porque o personagem ficou preso. Sim, literalmente preso em uma rocha. Como essa proeza foi alcançada? Queria saber como explicar. Problemas de colisão entre o personagem e objeto do cenário é algo constante. Isso sem contar em outras inconsistências na taxa de quadros – até mesmo em um PC potente – e as vezes que ele fechou sem mesmo mostrar uma tela de erro.

Nem todo jogo precisa ser melhor que outro do gênero, pode ser tão bom quanto ou até mesmo ter aspectos fracos, mas ainda assim prover uma experiência agradável. Dream deixa a desejar em praticamente todo aspecto com exceção da trilha sonora e gráficos. Se o seu prazer é unicamente observar áreas cuja interação é limitada a apertar botões e se sentir imerso na trilha sonora, há algo de valor para você em Dream. De resto, é uma experiência frustrante, inconsistente e pouco recompensadora.

A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Mastertronic

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Tags: Dreamexploraçãoprimeira pessoa
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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