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Análise – Blackwood Crossing

Diogo Freire por Diogo Freire
8 de maio de 2017
em Análises, Slider
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Há quanto tempo você não abraça seu irmão ou irmã? Se a resposta for “muito tempo” Blackwood Crossing te dá motivos de sobra. O jogo está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One, a partir de R$ 29,99.

Em Blackwood Crossing controlamos a Scarlett, uma adolescente em uma viagem de trem junto com seu irmão Finn. Mas, conforme progride pelos vagões graças a uma brincadeira julgada por ela “sem graça” de esconde esconde, percebe que nem tudo é o que parece.

A relação fraternal entre Scarlett e Finn é muito bem representada em Blackwood Crossing. Como irmão do meio, tanto os pontos de vista da Scarlett para o Finn — que o vê como um menino que quer atenção toda para ele — como do Finn para a Scarlett, que se sente abandonado devido a mudança de foco da Scarlett — antes nele, para outras coisas — são familiares a mim.

Inicialmente, o jogador pode se irritar com as atitudes de Finn, que só parece uma criança mimada e que quer ser o centro das atenções, mas conforme a progressão do jogo pelo trem, não pude deixar de achar tudo aquilo bastante familiar. É uma relação entre irmãos bem realista, por assim dizer.

Inclusive, a escolha de um trem como palco principal para a história de Blackwood Crossing não poderia ter sido melhor. Internamente, cada vagão demonstra partes e memórias da vida destes personagens, e externamente, de uma forma mais literal, temos um ponto de partida e de chegada, que é a jornada de Scarlett e Finn apresentada aqui.

Tais vagões também lembram as várias facetas das nossas vidas. Aspectos como luto e amadurecimento são apresentados e sutilmente discutidos. Tanto a Scarlett e o próprio jogador vão percebendo isso juntos, tornando duas jornadas separadas em uma só.

Blackwood Crossing

Dessa forma, tanto a história propriamente dita, como a interação entre personagens, junto do ambiente onde ela é contada estão intrinsecamente ligados. Isso é algo dado em jogos bem desenvolvidos, mas achei a escolha aqui em Blackwood Crossing bastante acertada, e adiciona significados e uma segunda linha narrativa de forma bastantes sutil.

Blackwood Crossing tem um uso interessante de sua trilha sonora durante os momentos de tensão e revelações. Enquanto momentos de tensão e mistério tem músicas bastante sinistras e com tons mais assustadores, após resolver um quebra cabeça ou progredir para a revelação, a música ganha um tom mais pacifico e aconchegante.  O que normalmente poderia ser um contraste grande demais para outros jogos encaixa muito bem aqui, em vista da relação fraternal entre Finn e Scarlett.

Apesar disso, o jogo ainda tem alguns problemas, especialmente na sua jogabilidade. Comum atualmente em jogos do gênero como Ethan Carter, o jogador deve apontar para pontos de interesse e assim escolher sua ação. Entretanto, constantemente tive dificuldades de encontrar o ponto certo para mirar o mouse e assim realizar a ação, e acabei simplesmente apertando o mouse até confirma-la. Nada muito grave, mas que gerava uma certa dissonância em vista dos pontos altos que a história alcançava.

Independentemente da idade, almejamos por sempre manter contato ou ficarmos o mais próximo dentro do possível de pessoas que amamos. Entretanto objetivos pessoais e o próprio crescimento e amadurecimento adicionam novos focos as nossas vidas, e aquele grande espaço para nossas relações interpessoais são trocados, diminuem. Ainda estão lá, mas possivelmente em um grau de importância menor, mesmo que ainda diferenciado. Para mim é uma das mais importantes mensagens de Blackwood Crossing. Apesar da diminuição de nossos espaços, devemos sempre nos esforçar a ter contato com as pessoas que mais importam para nós.

Com um visual que lembra bastante filmes da Pixar, Blackwood Crossing consegue entregar uma história bastante tocante, e até em certos momentos bem pesada, demonstrando a importância, mesmo que cada vez menor conforme envelhecemos, que deveríamos dar as nossas relações familiares e pessoais. Um conto relevante diante das nossas vidas caóticas e sempre “sem tempo” de 2017.

Blackwood Crossing

Total - 9

9

Problemas com controle e interface são pequenos perto da história que Blackwood Crossing, que nos faz refletir sobre nossas relações interpessoais, tornando-se uma obrigação nos dias de hoje.

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Tags: aventuraBlackwood Crossingprimeira pessoa
Diogo Freire

Diogo Freire

Formado em jornalismo, joga games desde criança, e sempre quis trabalhar com jogos. Gosta de diversos generos, menos de simulação e mobas em geral. Sua série preferida é Metal Gear Solid.

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