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Análise – ABZU

Lucas Moura por Lucas Moura
12 de agosto de 2016
em Análises, Slider
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Eu não gosto de falar muito sobre Abzu, na realidade é a primeira vez que sento e penso em escrever algo sobre o jogo desenvolvido pela Giant Squid. Não por ser ruim, por ser intimista demais para encapsulá-lo a uma mera análise. Ele está disponível para PlayStation 4 e PC a partir de R$ 36,99.

A primeira pergunta que me fizeram após termina-lo foi “Então, é parecido com Journey?”. Se o analisas friamente, metodicamente e coloca-o em uma categoria como um livro deve ser posto na biblioteca, sim, é. Dito isso, é extremamente frustrante esta pergunta.

Pois sim, tematicamente eles podem evocar as mesmas emoções e até estruturalmente eu diria que são similares. Mas por um lado Journey te incentiva a explorar espaços digitais e seguir em frente, enquanto Abzu pede para que você fique mais um tempo com ele.

Esta é a parte mais divisiva de Abzu para mim, pois ele parece não saber muito bem o que quer ser. A jornada em si é constantemente quebrada em segmentos para você explorar e aproveitar o cenário. Por exemplo, uma navegação por uma caverna pode resultar em um belíssimo coral repleto de vidas aquáticas a serem decifradas e interagidas. Devo ter gastado mais tempo abraçado com uma baleia ou golfinhos do que tentando compreender do que a história se tratava.

Justamente por eu não gostar da forma que ele te força a querer entender algo. Abzu tenta criar uma narrativa que possa ser interpretada pelo jogador de forma invasiva. Muitas sequências basicamente gritavam “olhe para este mural que criamos para você e você vai tentar decifrar a história deste universo, ok? ”, sendo que em outros momentos eram contados com tamanha naturalidade que você apenas aceitava que era parte do ecossistema em que estava.

E tal aproximação para uma forma “natural” ou de narrativa é o que me impede de apreciá-la. É botar na cabeça que o seu jogo só pode ser aproveitado ao máximo caso tenha algum elemento de história que faça o jogador seguir em frente. Sendo que ele já possui instrumentos suficientes — como bloqueios ou um pequeno robô que te ajuda a removê-los — para isso.

Em uma mão este elemento também ajuda a mostrar como o jogador é capaz de alterar o ambiente através da interação com o mesmo — ao tocar um pequeno portal e liberar uma nova espécie de peixe — ou sentar em um pilar para meditar. Mas, estes elementos nunca parecem coesos.

ABZU

Ao longo das horas que o joguei eu sempre senti uma distância entre o que ele queria que eu sentisse e o que eu senti. Raro foram os momentos que eu realmente me senti imerso, estes que são limitados a pequenas peças onde você pode meditar e conhecer mais sobre a vida aquática representada naquele microcosmo.

Em grande parte não tratei Abzu como um jogo ou como uma “experiência imersiva” como muitos gostam de chamar, mas de uma ferramenta para relaxamento. Ao pegarmos a definição de imersão do dicionário, não, Abzu jamais me fez esquecer de tudo que havia a minha volta, na realidade me fez ciente de tudo que havia a minha volta e ao mesmo tempo contemplar aquele momento.

“Eu preciso fazer algo, mas assim que terminar de nadar com esses peixes mais um pouco eu faço”, dizia para mim enquanto voltava para os capítulos anteriores. Não em busca de colecionáveis — coisa que eu praticamente ignorei em grande maioria — apenas para ficar um pouco mais de tempo com os peixes.

Aqui é que se encontra a beleza de Abzu, ele pode não dizer nada ou pode significar o mundo para você. Não o culpo se ele mudar sua percepção ou alterar seus sentimentos de alguma forma. Apenas significa que ele cumpriu o seu propósito.

Perante toda a dicotomia apresentada das mais variadas formas pelas mecânicas, Abzu se torna o meu elemento de meditação. O meu período de paz interior ou aqueles pequenos momentos onde você só quer gastar alguns minutos em busca do foco que o escapou. Desde o lançamento tento tirar alguns minutos por dia para jogá-lo em busca de um pouco de paz ou aquele alívio que tanto preciso em um dia irritante. Para alguém que sofre constantemente com ansiedade e depressão, usá-lo como uma ferramenta para relaxamento tem sido o seu maior benefício.

Sem dúvidas um “jogo” que vai passar de baixo do radar de muita gente por querer ser demais uma experiência como Journey. Quem mergulhar em seu imenso oceano com esta mentalidade pode sair um pouco frustrado. Eu? Eu saí mais calmo do que entrei, para mim, já basta.

ABZU

Total - 8

8

Abzu é um oceano imenso de pequenas ou grandes interações a serem ofertadas para o jogador. A maneira que você irá interpretá-las pode mudar radicalmente a sua perspectiva. Seu significado se arrisca a ser perdido em meio ao corais, cardumes e pinturas nas paredes, mas não me importa. Não me aventurei em busca de sentido, apenas de um pouco de paz, e a encontrei.

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Tags: Abzuanáliseaventuraexploração
Lucas Moura

Lucas Moura

Após trabalhar em revistas e sites como EGW e BABOO, Lucas fundou o Hu3BR pela sua paixão em jogos de estratégia, indies e a interconexão entre sistemas e emoções humanas.

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